O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (27) que, em 2022, São Paulo passou a ter saldo migratório negativo, ou seja, mais pessoas deixaram o estado do que se mudaram para ele. A análise baseada no Censo de 2022 revela uma mudança inédita na dinâmica populacional paulista.
Fluxos migratórios indicam tendência de saída de São Paulo
Segundo os dados preliminares, o estado de São Paulo perdeu população por migração, enquanto Santa Catarina apresentou o maior crescimento populacional entre as unidades federativas. A avaliação é feita a partir das respostas do censo de 2017, quando os pesquisadores questionaram os locais de residência dos habitantes na data de 31 de julho daquele ano.
Como o IBGE estimou os movimentos migratórios
Para chegar ao saldo migratório, o IBGE considerou a resposta de residentes em 2017 e comparou com a localização em 2022. A estimativa foi feita com base na amostra do Censo, que corresponde a 10,6% dos domicílios do país — cerca de 7,8 milhões de entrevistas. Os resultados ainda são considerados preliminares.
Impactos econômicos e sociais da migração em São Paulo
Com a saída de moradores, São Paulo enfrenta possíveis efeitos no mercado de trabalho, na arrecadação de impostos e na demanda por serviços públicos. Especialistas apontam que fatores como o elevado custo de vida, preços de moradia e a busca por oportunidades em outros estados podem estar influenciando essa mudança.
“A migração demonstra uma realocação de pessoas que buscam melhor qualidade de vida e menores custos”, analisa Leonardo Silva, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Perspectivas futuras
As próximas análises do IBGE deverão aprofundar o entendimento sobre os fatores que motivam essa migração, além de traçar as tendências para os próximos anos. A expectativa é de que o processo de mudança populacional continue a influenciar o cenário econômico do país.
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