De acordo com um relatório publicado pelo New York Times nesta segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump teria decidido atacar o Irã no meio de junho após assistir à cobertura da Fox News, que elogiava as operações de Israel contra o país. A mudança ocorreu logo após Israel executar ataques que mataram altos oficiais iranianos, fatos que aparentemente convenceram Trump a adotar uma postura mais agressiva.
Influência da mídia na tomada de decisão de Trump
Conforme relatos de oficiais do Pentágono e da administração Trump, o presidente, até então conhecido por seu alinhamento com uma política de não intervenção, mudou de postura após assistir à cobertura da Fox News. A apresentadora Tucker Carlson e outros analistas reforçaram a narrativa de uma suposta vitória militar de Israel, o que teria impulsionado Trump a querer participar ativamente do conflito. Helene Cooper, jornalista do NYT, explicou que
Segundo a reportagem, Trump começou a fazer críticas e até divulgar publicamente sua participação na ação de Israel, incluindo uma postagem no Truth Social em que afirmou: “Nós tomamos controle do espaço aéreo do Irã”, em 17 de junho. Essa postura foi reforçada por uma reunião com seus conselheiros de segurança, que teria consolidado a decisão de se envolver no conflito.
Mudança de postura e relação com o governo israelense
Relatos indicam que Trump chegou a alertar o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para não atacar o Irã enquanto negociações de um acordo nuclear estavam em andamento. No entanto, após as mortes de oficiais iranianos em ações israelenses, a postura de Trump passou a ser de apoio às operações, o que mostra uma mudança significativa em sua política externa.
O relatório assinala ainda que a administração Trump monitorava de perto as reações nas redes sociais de sua base, dividida entre apoiadores da não intervenção e grupos favoráveis a uma postura de guerra. Muitos aliados do ex-presidente viram na cobertura da Fox News uma oportunidade de se fortalecer politicamente com uma postura mais agressiva.
Reações e perspectivas futuras
Trump afirmou nesta terça-feira que tentará impedir que Israel continue atacando o Irã, embora tenha admitido que um cessar-fogo já foi violado por ambas as partes. O ex-presidente declarou que uma nova trégua provisória estaria “em vigor” e afirmou que busca “evitar uma escalada maior” no conflito.
Especialistas e analistas políticos avaliam que essa mudança na postura de Trump, influenciada por notícias na mídia e por ações militares, revela o impacto que a narrativa midiática pode exercer sobre decisões de alto nível no cenário internacional. A influência de Fox News teria sido fundamental para sua guinada na política exterior, segundo o relatório.
Implicações para a política internacional
A reportagem reforça que a decisão de Trump marca um ponto de inflexão, pois mostra como a cobertura da mídia pode moldar estratégias militares e diplomáticas de líderes mundiais. Além disso, sinaliza uma possível maior envolvimento dos Estados Unidos em conflitos no Oriente Médio, com repercussões que podem afetar a estabilidade regional nos próximos meses.
A expectativa é de que o governo dos EUA continue monitorando a situação e avalie novos passos em uma conjuntura que, segundo analistas, pode escalar para uma guerra mais ampla na região.