Brasil, 27 de junho de 2025
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Reflexões sobre os 50 anos da independência de Moçambique

Dom Cláudio Dalla Zuanna destaca a importância da juventude, educação e justiça para o futuro do país.

No dia 24 de Junho, durante a oração das vésperas na Sé Catedral da Beira, Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, fez profundas reflexões sobre os 50 anos de independência de Moçambique. O evento, que reuniu líderes e representantes de partidos políticos da província, serviu como um espaço de ponderação sobre os desafios e conquistas do país ao longo das últimas cinco décadas.

A necessidade de curar as feridas do passado

O Arcebispo enfatizou que, para que Moçambique alcance a verdadeira felicidade, abundância e riqueza, é essencial abordar e curar as “feridas abertas” nos últimos 50 anos de história. Ele destacou a importância de focar em três áreas propostas pela Conferência Episcopal de Moçambique: juventude, educação e justiça. Segundo ele, somente por meio da atenção a esses setores será possível avançar como sociedade.

Avanços na educação e os desafios atuais

Na sua intervenção, Dom Cláudio reconheceu os avanços significativos na educação moçambicana, como o aumento do acesso à alfabetização e escolarização de grande parte da população. No entanto, também salientou que a qualidade da educação atualmente enfrenta sérios problemas. “A educação enferma de males”, afirmou, referindo-se à fraca qualidade do ensino e ao déficit na formação educacional em níveis familiares e sociais.

O prelado expressou sua preocupação com a falta de formação adequada que, segundo ele, é crucial para moldar cidadãos íntegros e bem preparados para o futuro. “Nossos jovens merecem uma educação que não apenas os prepare para o mercado de trabalho, mas que também os forme como indivíduos críticos e conscientes”, frisou o arcebispo.

A juventude como pilar da paz e reconstrução

Ao falar sobre a juventude, Dom Cláudio chamou a atenção para seu papel essencial na construção da paz e na reconstrução nacional. Ele afirmou que os jovens são “agentes de mudança” e têm um impacto significativo na impulsão de iniciativas comunitárias. “Eles possuem a capacidade de exercer uma influência determinante na construção de uma convivência harmoniosa”, destacou.

A reflexão do Arcebispo ilustra a necessidade de incluir a juventude nas discussões sobre políticas públicas e desenvolvimento social. Incentivar a participação ativa dos jovens não só ajudará a resolver problemas atuais, mas também a construir um futuro mais justo e próspero para todos os moçambicanos.

A busca por justiça e igualdade

Dom Cláudio Dalla Zuanna também discutiu a questão da justiça, defendendo a necessidade de reduzir as desigualdades sociais e garantir que todos os moçambicanos tenham acesso a oportunidades dignas. Ele enfatizou que a justiça não é apenas uma questão legal, mas fundamental para a promoção de melhores condições de vida. “O acesso à justiça deve ser uma realidade para todos, e não um privilégio”, afirmou.

As suas palavras foram um chamado à ação, ressaltando que, para que as promessas da independência sejam realmente cumpridas, é necessário trabalhar por um sistema que valorize a dignidade humana e promova a equidade. “Devemos nos solidarizar com aqueles que mais precisam e lutar por uma sociedade mais justa”, concluiu Dom Cláudio.

Essas reflexões durante o Jubileu da Independência de Moçambique convidam não apenas a uma comemoração, mas a um compromisso renovado com os valores fundamentais que trarão paz e prosperidade a todo o país. O caminho ainda é longo, mas a esperança e a determinação são as chaves para superar os obstáculos e construir um futuro melhor para todos os moçambicanos.

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