Rebeca Carvalho, a jovem atriz que conquistou o público interpretando Ana Maria em “Garota do Momento”, está vivendo um momento especial em sua carreira, uma vez que esta é sua primeira participação em uma novela. Em entrevista ao iG Gente, Rebeca compartilhou suas experiências, reflexões sobre sua sexualidade e planos futuros.
Descobrindo um novo mundo
A personagem Ana Maria, descrita como uma jovem segura de si, traz semelhanças e diferenças com a própria atriz. Rebeca revela que a oportunidade de realizar o teste para o papel surgiu de forma inesperada, após uma amiga não conseguir a vaga devido à idade. “Eu fiquei um pouco receosa, já que nunca havia feito um teste audiovisual. Mas decidi tentar”, contou. Ela enfatiza que diversas aprovações foram necessárias para garantir sua seleção, e se sente realizada por ter representado uma garota de 16 anos à frente de seu tempo.
Perspectivas após ‘Garota do Momento’
Com o desfecho da trama se aproximando, Rebeca está ansiosa para explorar novos formatos e possibilidades na carreira, especialmente no streaming. No entanto, não descarta a ideia de retornar às novelas ou ao teatro, expressando seu desejo de se envolver em projetos que a desafiem. “Queria muito experimentar o streaming. É algo que sempre me chamou mais atenção. Se surgir uma nova novela ou um filme, estarei à disposição”, afirmou, demonstrando uma postura aberta e flexível.
Inspirando-se em vilãs icônicas
A atriz também tem um desejo específico: interpretar uma vilã. Eleita como uma de suas inspirações, a personagem Carminha, interpretada por Adriana Esteves em “Avenida Brasil”, é um importante modelo para Rebeca. “Gostaria muito de dar vida a uma vilã ardilosa que planeja suas ações”, confessou, demonstrando sua admiração pela atuação da colega e o desejo de trabalhar com ela no futuro.
Enfrentando dilemas pessoais
Além do foco em sua carreira, Rebeca discutiu sua trajetória pessoal, especialmente no que diz respeito à sua sexualidade. A personagem Ana Maria, que se converteu em uma figura de apoio para o amigo Guto, se torna um reflexo da caminhada da própria Rebeca. A decisão de se afastar da igreja aos 16 anos, ao se reconhecer como bissexual, foi um momento decisivo em sua vida. “No meu tempo, eu tinha pensamentos muito conservadores. Precisava de alguém como a Ana Maria na minha vida”, ressaltou, aludindo à importância de ter pessoas que oferecem suporte durante a jornada de autoconhecimento.
Em um ambiente onde se sente confortável, a atriz desabafou: “Assumir-se bissexual foi uma etapa difícil. O medo de ser mal interpretada estava sempre presente, mas hoje percebo que ter alguém ao nosso lado é essencial”. Rebeca não apenas encontrou apoio em personagens como Ana Maria, mas agora se posiciona como essa figura para seus amigos, enfatizando a importância da solidariedade e da amizade em momentos de vulnerabilidade.
Sonhos de papéis marcantes
Os rumores acerca de um possível remake de “Xica da Silva” chamaram a atenção de Rebeca, que expressou o desejo de interpretar a protagonista, originalmente vivida por Taís Araújo. “Adoraria fazer parte desse projeto. A história da Chica é significativa e especial para nós, negros”, destacou, sua paixão pela narrativa evidenciada em suas palavras.
Com uma carreira em ascensão e um futuro promissor pela frente, Rebeca Carvalho desponta como uma nova voz na dramaturgia brasileira, trazendo tanto talento quanto uma perspectiva pessoal rica e multifacetada. À medida que se despede de Ana Maria, as expectativas em torno de seus próximos passos são elevadas, e o público espera ansiosamente por suas próximas performances.
