Brasil, 27 de junho de 2025
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Nova medida flexibiliza traslado de corpos que falecem no exterior

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva altera decreto sobre custeio para translado de corpos após tragédia na Indonésia.

Em uma decisão significativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou o decreto que impedia o governo federal de custear o traslado de corpos de brasileiros que falecem no exterior. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (27), surge em meio a um momento de dor e luto, após a morte de Juliana Marins, uma jovem de 26 anos que caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A mudança na lei não apenas reflete a sensibilidade do governo diante de situações trágicas, mas também traz esperança para famílias que enfrentam dificuldades financeiras em momentos tão delicados.

Novos critérios para o custeio de translados

Com a nova lei, o Ministério das Relações Exteriores poderá custear o traslado dos corpos em situações específicas. Entre as exceções que podem garantir o suporte estão:

  • A comprovação de incapacidade financeira da família para custear as despesas.
  • A falta de cobertura de seguro ou previsão em contrato de trabalho para o traslado.
  • Falecimentos que ocorrem em circunstâncias que causem comoção pública.
  • A disponibilidade orçamentária e financeira do governo.

Essas mudanças visam proporcionar alívio emocional e financeiro a aqueles que perdem entes queridos em situações adversas fora do Brasil, que muitas vezes se tornam ainda mais complicadas devido a questões burocráticas e financeiras.

Resposta do governo diante da tragédia

O decreto foi alterado após momentos difíceis enfrentados pela família de Juliana Marins, que viu sua filha perder a vida em um acidente turístico. Durante um evento em Brasília, Lula relatou ter contatado o pai da jovem, afirmando: “Eu sei que não existe nada pior do que um pai ou uma mãe perder um filho. É um sofrimento que não tem cura.” As palavras do presidente refletem o compromisso do governo em apoiar brasileiros em situações de emergência, independentemente da distância geográfica.

Na quinta-feira (26), Lula também já havia antecipado que tomaria essas medidas para assegurar o traslado do corpo de Juliana, revelando que havia descoberto um decreto de 2017 que restringia essa assistência. “Quando chegar a Brasília, vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda do corpo dessa jovem para o Brasil”, disse o presidente.

Criticas à equipe de resgate

A família de Juliana expressou sua frustração com a demora na recuperação do corpo, que levou quase 15 horas de trabalho da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), responsável pelas operações na Indonésia. Em uma postagem emocionante, familiares afirmaram: “Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7 horas, Juliana ainda estaria viva. Nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece.”

Infelizmente, a situação de Juliana não é isolada, e outros brasileiros que fallecem no exterior frequentemente enfrentam desafios semelhantes, muitas vezes sem apoio governamental imediato. A alteração do decreto representa uma tentativa de corrigir isso, garantindo que os cidadãos brasileiros possam contar com assistência vital em momentos desesperadores.

Próximos passos para o retorno do corpo

Até o momento, não se sabe se o governo custeará o traslado do corpo de Juliana ao Brasil, mas a nova legislação fornece esperança para sua família. O Ministro das Relações Exteriores será responsável por determinar a concessão e execução do traslado, levando em consideração as novas diretrizes estabelecidas.

A comunidade brasileira e o público em geral têm monitorado de perto essa situação, torcendo pela rápida resolução do caso e, principalmente, pela recuperação digna do corpo de Juliana Marins. A esperança é que essa tragédia não apenas leve a uma mudança no decreto, mas também inspire melhorias nas operações de resgate de brasileiros em situações semelhantes no futuro.

Com essas alterações legislativas, o governo brasileiro demonstra seu compromisso em cuidar de seus cidadãos, mesmo longe do território nacional, garantindo que a dignidade e o respeito sejam sempre priorizados em momentos de dor e perda.

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