Brasil, 27 de junho de 2025
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Mulher grávida de Alabama diz que ela e marido foram surpreendidos pela ICE

Mulher grávida de Alabama e esposa de imigrante iraniano afirma que grupo de ICE os pegou de surpresa após prisão de seu marido

Uma mulher grávida de Alabama, casada com um imigrante iraniano, relata que ela e sua família foram surpreendidos ao descobrir que o marido fora detido pela ICE durante uma operação recente de prisão de iranianos nos EUA. A prisão ocorreu no último domingo, após a implementação de uma ação do Departamento de Segurança Interna (DHS) voltada para imigrantes iranianos suspeitos e conhecidos por suas ligações militares.

Operação da ICE e acusações contra Ribvar Karimi

Segundo o DHS, Ribvar Karimi, marido de Morgan Gardner, foi um dos 11 iranianos presos na operação. A agência afirma que o objetivo foi manter terroristas fora das comunidades americanas. Dressando-o como uma ameaça à segurança nacional, o DHS destacou que Karimi serviu como atirador de elite no exército iraniano entre 2018 e 2021, apresentando documento de identificação do Exército da República Islâmica do Irã.

O serviço militar é obrigatório na Irã para homens entre 18 e 49 anos, e desertores podem ser presos ou perder direitos civis. Apesar da acusação, Gardner afirma que seu marido nunca lutou contra americanos ou aliados, e que, na verdade, combateu o Estado Islâmico no Irã, sendo capturado posteriormente durante seu serviço militar.

Reação de Gardner e impacto emocional

Morgan Gardner, que está com sete meses de gravidez, afirmou ao Newsweek que ela e sua família se sentem traídas pelas ações da ICE. Ela explicou que o marido sempre apoiou políticas de Trump e acreditava que a administração anterior iria protegê-lo, considerando que ela é cidadã americana. A mulher também revelou que interromperam o processo de ajuste de status de Karimi após descobrir a gravidez com complicações, o que agravou a insegurança do casal.

Ela também criticou a atuação do governo, alegando que seu marido foi especificamente alvo por sua origem iraniana e opiniões políticas. “Sinto que ele foi marcado por onde ele veio, e acho que deveriam tê-lo protegido porque sou casada com uma cidadã americana”, afirmou.

Perspectivas e futuro do casal

Morgan espera que seu marido possa estar ao seu lado na hora do parto e demonstrou preocupação quanto à sua segurança, especialmente se for deportado para o Irã, onde sua família teme que ele possa ser morto devido ao seu apoio ao governo dos EUA e oposição ao regime iraniano. Ela também destacou a importância do apoio familiar e comunitário durante esse momento difícil.

O caso gerou repercussão e manifestações de apoio online, incluindo uma campanha no GoFundMe para cobrir custos legais do casal. Familiares ressaltam que Karimi entrou legalmente nos EUA em outubro de 2024 com um visto de noivo, mas nunca ajustou seu status, o que pode ter facilitado sua detenção.

Reações e críticas às ações do governo

Advogados de imigração apontam que, em administrações anteriores, casos semelhantes poderiam ter sido protegidos. A advogada de Morgan disse que o governo devia protegê-lo por ser casado com uma cidadã americana. Ao mesmo tempo, o DHS afirma agir com base na legislação de segurança nacional, o que gerou debate público sobre direitos civis e a política de imigração vigente.

Este caso exemplifica as tensões existentes na política de imigração americana, especialmente em relação à comunidade iraniana, e desperta questionamentos sobre os critérios utilizados para detenção e deportação de imigrantes suspeitos de atividades militares ou terroristas.

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