Brasil, 27 de junho de 2025
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Mercado monitora queda do dólar e decisão do Congresso sobre IOF

O dólar recuou para R$ 5,49 nesta sexta-feira, após a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso, impactando o cenário econômico brasileiro

O dólar operava em queda de 0,08%, cotado a R$ 5,4943 por volta das 11h15 desta sexta-feira (27), refletindo a resistência do Congresso em aprovar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A moeda atingiu ainda sua mínima do dia, R$ 5,4598, enquanto o Ibovespa caía 0,09%, aos 136.984 pontos.

Cenário econômico brasileiro e impactos no mercado

Investidores agilizam a análise de indicadores, como a taxa de desemprego de maio, que recuou para 6,2%, atingindo 6,8 milhões de brasileiros, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Os números demonstram o melhor desempenho do mercado de trabalho dos últimos dez anos, com recorde no contingente de pessoas com carteira assinada — 39,8 milhões de trabalhadores no setor privado.

Além disso, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu mais do que o esperado em junho, com uma retração de 1,67%, frente a uma redução de 0,49% em maio, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice de confiança no setor de serviços, por sua vez, apresentou queda devido às perspectivas desfavoráveis tanto na avaliação da situação atual quanto na expectativas futuras.

Abolição do aumento do IOF e suas repercussões

Na quarta-feira (26), o Congresso Nacional aprovou por ampla margem a derrubada do decreto presidencial que elevava o IOF, minimizando o impacto na arrecadação, estimada em uma redução de aproximadamente R$ 10 bilhões neste ano. A decisão fortalece o entendimento de que o governo precisará fazer novos cortes no Orçamento de 2025, em meio a pressões fiscais e resistência política.

Segundo analistas, a articulação entre lideranças do Legislativo, como o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reforça o fortalecimento do Legislativo na negociação com o Executivo e o Supremo Tribunal Federal, influenciando o cenário político-econômico.

Dinâmica internacional e a guerra comercial

Nos Estados Unidos, a atenção permanece em torno do índice de preços PCE, que manteve alta de 0,1% em maio, gerando expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar juros em breve. O presidente do Fed em Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que a redução da inflação deve viabilizar até duas quedas na taxa de juros neste ano, aumentando a confiança dos mercados.

Por outro lado, a suspensão temporária do tarifaço de Donald Trump, que expira nos próximos dias, acende sinais de cautela quanto à retomada da guerra comercial. A baixa adesão a acordos comerciais reforça temores de aumento de tarifas, que poderiam impactar preços de bens importados e frear o crescimento econômico global.

Enquanto isso, o dólar acumula queda de 0,48% na semana, e o real se desvaloriza 3,84% no mês, com o câmbio apresentando uma das menores variações anuais, de -11,02%. O Ibovespa, por sua vez, apresenta ao longo do ano alta de 13,99%, refletindo a volatilidade do cenário internacional e as expectativas em relação às políticas fiscais e monetárias.

Perspectivas e riscos iminentes

Analistas avaliam que a decisão do Congresso de impedir aumento do IOF pode limitar a arrecadação do governo e exigir ajustes fiscais futuros, além de manter a cautela dos investidores diante de incertezas tanto domésticas quanto globais. A expectativa é de que os próximos dias tragam mais orientações sobre o impacto dessa medida na economia brasileira.

Por ora, o mercado continuará reagindo às variáveis internas, como indicadores de emprego e inflação, bem como às decisões do Fed e ao andamento das negociações comerciais internacionais. A combinação desses fatores determinará os rumos do câmbio e do desempenho da Bolsa nos próximos meses.

Fonte: G1 Economia

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