Brasil, 27 de junho de 2025
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Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 449,9% ao ano em maio, revela Banco Central

Os juros médios do cartão de crédito rotativo atingiram 449,9% ao ano em maio, alta de 5,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior

De acordo com o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira, os juros cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo aumentaram significativamente, chegando a 449,9% ao ano em maio. A alta reflete o impacto do aumento das taxas de juros no mercado financeiro e a maior cobrança sobre clientes inadimplentes.

Aumento nos juros do cartão de crédito rotativo

O crédito rotativo acontece quando o cliente não paga o valor total da fatura na data de vencimento, obrigando o banco a cobrar juros sobre o saldo devedor. Em maio, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras subiu 5,7 pontos percentuais, atingindo 449,9% ao ano, um valor considerado elevado para o mercado nacional. Segundo o Banco Central, essa média inclui operações de cartão de crédito rotativo e parcelado.

Além disso, a taxa de juros do cartão parcelado também apresentou alta, subindo 2,4 pontos percentuais, para 181%. A taxa total de juros do cartão de crédito, que combina rotativo e parcelado, passou de 86,7% em abril para 90,1% em maio. Esses números evidenciam o aumento do custo do crédito para consumidores, especialmente os que recorrem ao rotativo como solução de curto prazo.

Regulamentações e limites para juros do rotativo

Em dezembro de 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que as operações de juros rotativos a partir de 3 de janeiro de 2024 não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida. No entanto, os dados de maio mostram que a cobrança ainda está muito acima desse limite, indicando a necessidade de monitoramento e possíveis novas intervenções regulatórias.

Outros tipos de crédito e cenário de mercado

Enquanto os juros do cartão de crédito rotativo aumentaram, o cheque especial apresentou queda de 2,7 pontos percentuais, chegando a uma taxa média de 134,7% ao ano. Essa redução reflete a ajustada política monetária adotada pelo Banco Central e a preocupação com os altos custos de crédito para os consumidores.

O crédito consignado, modalidade de empréstimo com desconto automático na folha de pagamento, também registrou leve diminuição de 0,4 ponto percentual, situando-se em 26,5% ao ano. Essa alternativa é considerada mais acessível pelos consumidores, devido às taxas menores em comparação com os demais tipos de crédito.

Perspectivas e impacto no mercado de consumo

Especialistas apontam que o aumento nas taxas de juros do cartão de crédito rotativo pode afetar o nível de endividamento das famílias brasileiras e reduzir o consumo, especialmente em um cenário de juros elevados. A alta também reforça a necessidade de maior atenção por parte dos consumidores ao uso do crédito rotativo, que apresenta custos bastante elevados.

O Banco Central continuará monitorando a evolução dessas taxas e a implementação das regulamentações, buscando equilibrar o mercado de crédito e proteger os consumidores de práticas abusivas. Para mais detalhes, confira o relatório completo no site do Banco Central.

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