Brasil, 27 de junho de 2025
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Júri absolvе Karen Read de homicídio, condena por dirigir alcoolizada

Após mais de 22 horas de deliberação, júri absolveu Karen Read do crime de homicídio, mas a condenou por dirigir embriagada em Massachussets

O júri de Dedham, Massachusetts, decidiu nesta quarta-feira (13) que Karen Read não é culpada de homicídio em segundo grau na morte do policial John O’Keefe, seu namorado. Contudo, ela foi considerada culpada de dirigir sob influência de álcool, após mais de 22 horas de deliberação desde 13 de junho.

Decisão encerra segundo julgamento após impasse

Após um julgamento polarizador e altamente acompanhado, a sentença chega quase um ano após um júri anterior ter declarado um tribunal anulado por falta de consenso, envolvendo também Read e a morte de O’Keefe em janeiro de 2022. O concreto da decisão representa uma vitória significativa para a defesa, que alegou que ela foi vítima de armação policial.

A acusação sustentava que Read teria atropelado O’Keefe, de 46 anos, deixando-o morrer no chão de neve fora de uma festa, enquanto a defesa afirmava que a vítima foi agredida dentro da residência e posteriormente arrastada para fora.

Principais acusações e contexto do julgamento

Read, de 45 anos, enfrentava cargos de homicídio em segundo grau, homicídio culposo e fuga do local do crime na cidade de Boston. Uma condenação por homicídio em segundo grau poderia significar prisão perpétua.

O julgamento começou em 13 de junho e durou semanas, com testemunhas e provas apresentadas por ambas as partes. A defesa insistiu que não houve colisão com o veículo e que elementos apresentados pelo Ministério Público eram insuficientes para uma condenação.

A narrativa da acusação e da defesa

Segundo promotores, Read teria dirigido embriagada, atingido O’Keefe e abandonado o corpo dele na neve. Já a defesa argumentou que O’Keefe foi vítima de agressões dentro de uma casa, possivelmente por outros indivíduos, alegando uma conspiração policial que incluiria montagem de provas.

“Ela estava alcoolizada, atingiu ele e o deixou morrer,” afirmou Hank Brennan, promotor especial responsável pelo caso, durante os argumentos finais.

Por sua vez, o advogado de Read, Alan Jackson, destacou diversas testemunhas que afirmaram não haver evidências de colisão, sugerindo que o caso foi construído com informações incorretas e sem comprovação efetiva.

Repercussões e próximos passos

A decisão marca a segunda tentativa do estado de condenar Read, após o julgamento anterior resultar em um júri incapaz de chegar a uma sentença. Agora, ela enfrenta uma condenação por dirigir alcoolizada, que poderá implicar em uma pena de prisão menor.

A sentença nesta quarta-feira foi recebida com reações divididas, refletindo a complexidade e o alto perfil do caso, que continua gerando debates na comunidade local e no âmbito jurídico.

Para a defesa, a vitória reforça a tese de que Read foi vítima de uma investigação precipitada e de uma tentativa de justiça mal fundamentada.

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