Brasil, 27 de junho de 2025
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Indonésios reagem a críticas brasileiras após morte de Juliana Marins

Após morte de brasileira na Indonésia, usuários indonésios atacam nas redes sociais em resposta às críticas ao governo local.

A morte da publicitária brasileira Juliana Marins, ocorrida na Indonésia, gerou uma onda de comentários em redes sociais que acabaram resultando em um embate online entre brasileiros e indonésios. Enquanto muitos brasileiros lamentavam e criticavam a atuação do governo indonésio em relação ao resgate de Juliana, internautas da Indonésia invadiram o perfil do presidente Lula no Instagram, respondendo às acusações feitas pelos brasileiros com ironia e deboche.

Reação indonésia nas redes sociais

Após a repercussão do caso nas redes, vários indonésios passaram a deixar mensagens no perfil de Lula, como: “Vai cuidar do seu povo antes de ficar criticando nosso presidente” e “Coloquem o país na lista negra”, refletindo um tom de indignação em resposta ao que consideram uma falta de respeito por parte dos brasileiros.

Esses comentários não se limitaram a críticas, mas também incluíram provocações, insinuando que o Brasil culpa a Indonésia pela morte de Juliana sem considerar seus próprios problemas internos. Um exemplo pode ser visto em um comentário que alude a uma tragédia ocorrida em Santa Catarina, onde um balão pegou fogo, levando à morte de oito pessoas. “Sou de Sumatara, ando de balão, felizmente não queimado”, dizia um dos comentários, exemplificando o tom sarcástico da resposta indonésia.

O trágico acidente de Juliana Marins

Juliana Marins, 23 anos, desapareceu durante uma trilha no Monte Rinjani, a segunda montanha mais alta da Indonésia. De acordo com informações, a jovem sofreu uma queda no dia 21 de junho e foi localizada viva por um drone, mas ficou mais de uma hora sem socorro, o que gerou críticas por parte de amigos e familiares.

A família de Juliana ficou inicialmente aliviada ao receber a notícia de que ela foi localizada, mas a felicidade rapidamente se transformou em desespero ao saber que a jovem não havia recebido socorro adequado. As informações iniciais de que equipes de resgate teriam chegado até ela e fornecido alimentos e água foram desmentidas posteriormente.

No dia 23, Juliana foi novamente localizada, mas, infelizmente, já sem vida. De acordo com o laudo de autópsia, a publicitária morreu devido a “fraturas múltiplas e lesões internas”, tendo sobrevivido por até 20 minutos após o gravíssimo impacto. O clamor pela justiça em nome de Juliana cresceu nas redes, assim como a indignação pela resposta tardia das autoridades indonésias.

Criticas à negligência no resgate

A família de Juliana classificou a atuação das equipes de resgate como “negligente”, afirmando que, se a ajuda tivesse chegado dentro do prazo estimado de sete horas, Juliana poderia ter sobrevivido. “Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece!” foram algumas das palavras de familiares que continuam a buscar respostas e justiça.

A situação se complica ainda mais ao considerar as reações em redes sociais. O clima de animosidade entre brasileiros e indonésios se intensificou, levando a discussões acaloradas sobre a responsabilidade de cada lado. Os brasileiros questionaram a efetividade das medidas de segurança e resgate na Indonésia, enquanto os indonésios rebatem apontando questões internas do Brasil.

O impacto no turismo e nas relações entre Brasil e Indonésia

Este incidente não apenas marca a tragédia da morte de Juliana, mas também pode impactar as relações entre Brasil e Indonésia. A imagem do país asiático como um destino turístico seguro pode ser afetada, e é provável que tais incidentes provoquem uma reavaliação nas políticas de resgate e segurança em trilhas e vulcões, não apenas na Indonésia, mas em outros locais turísticos ao redor do mundo.

A crescente interação nas redes sociais reflete a importância de um diálogo aberto e respeitoso entre as nações, e a necessidade de buscar entendimentos que considerem as realidades e fragilidades de cada lado. À medida que brasileiros e indonésios lidam com a dor e a indignação, o foco deve ser o aprendizado e a melhoria das práticas que garantam a segurança de todos que buscam aventuras e experiências em terras estrangeiras.

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