A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta sexta-feira (27), Humberto Antônio de Souza, um homem de 34 anos, que se apresentava como “Anthony Designer”. Ele é suspeito de aplicar uma série de golpes em gráficas da região, enganando empresários e causando prejuízos significativos. O caso vem à tona como um alerta para os donos de pequenas e médias empresas sobre os perigos do golpismo na atualidade.
Como funcionava o golpe
De acordo com o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Ataliba Neto, Humberto oferecia serviços de design gráfico, como convites, banners e panfletos, a preços muito abaixo do mercado. Essa abordagem atraente fez com que ele conseguisse captar a atenção de várias gráficas no Distrito Federal.
Após conquistar um cliente, ele realizava pedidos de materiais gráficos nas empresas, utilizando comprovantes de pagamento via Pix falsificados. A estratégia era simples, mas eficaz: ao receber o documento falso, os funcionários das gráficas liberavam os materiais antes mesmo da confirmação do pagamento, acreditando que estavam lidando com um cliente legítimo.
A retirada dos materiais
A retirada dos produtos era feita por motoristas de aplicativo, o que dificultava o rastreamento do criminoso. Essa manobra de logística ajudou Humberto a permanecer fora do radar da polícia por mais tempo. A Polícia Civil revelou que Humberto utilizava também nomes e documentos de terceiros para criar uma camada adicional de proteção contra a identificação.
Prejuízos acumulados ultrapassam R$ 30 mil
As investigações revelaram que os prejuízos causados por Humberto superam R$ 30 mil. Em um caso isolado, uma gráfica sofreu uma perda de R$ 14,9 mil, enquanto outra registrou um prejuízo de R$ 8,9 mil. A situação chegou a um ponto crítico quando uma das gráficas, desconfiada do padrão de operações, decidiu fazer uma conferência no extrato bancário antes de liberar um material, evitando uma nova fraude.
A busca por justiça
Após essa suspeita, a delegacia solicitou a prisão preventiva de Humberto, que foi expedida na terça-feira (24). Desde então, ele foi considerado foragido até ser preso na manhã de sexta-feira. O caso destaca a importância do cuidado e da verificação em transações comerciais, especialmente para pequenas empresas que podem ser mais vulneráveis a fraudes desse tipo.
A ação da polícia e novas vítimas
A Polícia Civil agora acredita que existem mais vítimas que ainda não se apresentaram para denunciar os golpes. O delegado pede que qualquer pessoa ou empresa que tenha sido lesada por Humberto, ou que tenha se deparado com situações semelhantes, procure a 15ª Delegacia de Polícia ou faça uma denúncia anônima pelo telefone 197.
Este incidente não apenas ilustra a crescente problemática das fraudes em ambientes empresariais, mas também reforça a necessidade de um maior cuidado nas transações comerciais. Para os empresários, estar alerta e realizar verificações de antecedentes pode fazer toda a diferença na prevenção de fraudes e na proteção de seus negócios.
Este caso serve de advertência e um lembrete para que todos estejam atentos e verifiquem sempre a credibilidade de novos parceiros comerciais. Assim, ajudamos a construir um ambiente mais seguro para o empreendedorismo no Brasil.
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