Brasil, 27 de junho de 2025
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Eduardo e Carlos Bolsonaro serão ouvidos no caso da trama golpista

Audiências marcam próximo passo no processo contra o núcleo golpista, incluindo figuras políticas relevantes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o próximo mês as audiências das testemunhas do núcleo dois da suposta trama golpista que sacudiu o cenário político brasileiro. Entre os convocados, destacam-se o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Testemunhas convocadas

As audiências, que foram agendadas para ocorrer entre os dias 14 e 21 de julho, envolverão um total de 118 testemunhas, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus. O núcleo dois, cuja existência foi revelada pela investigação, é composto por pessoas-chave, incluindo o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, o general da reserva Mário Fernandes, e os ex-assessores presidenciais Filipe Martins e Marcelo Câmera, além de Marília Alencar e Fernando Oliveira, ex-diretores do Ministério da Justiça.

Núcleo da conspiração e delação premiada

Um dos pontos de interesse desse desdobramento da investigação é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que se tornou réu no primeiro núcleo do caso e será ouvido como informante, após ter firmado um acordo de delação premiada. Essa espera pode abrir novas avenidas para a elucidação do caso e implicar outros indivíduos envolvidos.

Movimentação nas audiências e novas testemunhas

As audiências começarão com a oitiva das testemunhas de acusação, que são as mesmas convocadas no primeiro núcleo. Contudo, a PGR já solicitou a dispensa da maioria dessas testemunhas, mantendo apenas dois ex-membros do Ministério da Justiça: Clebson Ferreira de Paula Vieira e Adiel Pereira Alcântara. Ao mesmo tempo, apesar desse pedido, os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (do Exército) e Carlos de Almeida Baptista Júnior (da Aeronáutica) deverão ser ouvidos novamente, mas agora como testemunhas de defesa de Filipe Martins.

Implicações políticas e sociais

Entre os aliados que poderão testemunhar em favor de Martins estão figuras como os ex-ministros Gonçalves Dias e Onyx Lorenzoni, além de senadores e deputados federais que possuem grande visibilidade política, incluindo Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE). A presença de figuras de alto escalão no processo levanta a relevância política e social das audiências, que ocorrem em um momento crucial para a história política brasileira.

A importância da investigação

Ao apresentar a denúncia em fevereiro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, descreveu o núcleo dois da suposta organização criminosa como sendo formado por indivíduos com “posições profissionais relevantes” que lideraram as ações orquestradas pela organização. Esse aspecto destaca a seriedade das acusações e a necessidade de uma investigação minuciosa e transparente.

O desenrolar das audiências e as revelações que possam surgir têm o potencial de impactar não apenas os envolvidos diretamente, mas também todo o cenário político brasileiro, trazendo à tona reflexões sobre a governança e a democracia no país. A sociedade brasileira, atenta a cada movimentação desse processo, espera resultados que ajudem a esclarecer os eventos que trouxeram incertezas e divisões à esfera política do Brasil.

Com a proximidade das audiências e a possibilidade de novas revelações, o país acompanhará de perto os desdobramentos desse caso que promete ser um marco na política nacional.

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