Brasil, 27 de junho de 2025
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Desemprego atinge menor nível desde 2012, em 6,2% no trimestre encerrado em maio

A taxa de desemprego caiu para 6,2% em maio de 2025, o menor patamar para o período desde 2012, refletindo mercado de trabalho resistente

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio de 2025 ficou em 6,2%, o que representa o menor índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, mostram uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,1%, e também ao trimestre anterior, com 6,8%.

Recorde de emprego formal e melhorias no mercado de trabalho

Além de marcar o menor desemprego na série, o IBGE aponta que outros indicadores também atingiram recordes, como o número de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 39,8 milhões, um aumento de 3,7% na comparação anual. O rendimento médio do trabalhador também atingiu R$ 3.457, um crescimento de 3,1% em doze meses, refletindo um mercado de trabalho mais aquecido.

De acordo com o analista William Kratochwill, os dados indicam uma economia resistente às questões externas. “Os efeitos da política monetária, como a elevação da taxa de juros, não parecem ter freado o avanço do mercado de trabalho”, afirmou. Ele comentou ainda que, apesar das expectativas de possíveis recuos na taxa de desemprego até o fim do ano, a situação dependerá das políticas adotadas pelo governo.

Impacto das políticas monetárias e persistência da inflação

Desde setembro do ano passado, o Banco Central tem elevado a taxa Selic para 15% ao ano, com o objetivo de conter a inflação, que acumula 5,32% em doze meses — acima da meta de 4,5%. Essa alta torna o crédito mais caro, o que desestimula o consumo e os investimentos, podendo frear o crescimento do emprego.

Melhoria na ocupação e redução dos desalentados

O levantamento do IBGE revela ainda que o número de desalentados — pessoas que desistem de procurar emprego — caiu para 2,89 milhões, o nível mais baixo desde 2016. Segundo Kratochwill, a melhora nas condições do mercado de trabalho estimula a busca por oportunidades, ajudando a reduzir esse contingente.

Alta no trabalho autônomo e formalização

O número de trabalhadores por conta própria com CNPJ atingiu 26,1 milhões, o maior da história, representando 25,2% dos ocupados. A taxa de informalidade caiu para 37,8%, com 39,3 milhões de trabalhadores informais, ajudada pelo crescimento de 3,7% no número de autônomos formalizados.

Resiliência do mercado de trabalho diante das adversidades

Segundo Kratochwill, o mercado demonstra uma forte resistência, mesmo com o aumento das taxas de juros. “A economia está aquecida, e as medidas do governo podem influenciar os próximos resultados”, afirmou. A continuidade do cenário favorável dependerá de ações políticas que mantenham o crescimento sustentável.

Para mais informações, acesse a fonte da Agência Brasil.

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