Brasil, 27 de junho de 2025
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Aumento de mães com até dois filhos no vale do Paraíba

Dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE mostram a evolução da maternidade na região.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados reveladores sobre os hábitos de maternidade no Brasil, incluindo a região do Vale do Paraíba. O Censo Demográfico 2022 confirma que a quantidade de filhos por mulher atingiu o menor patamar da história brasileira, uma tendência que reflete mudanças sociais significativas. No Vale do Paraíba e na região bragantina, a proporção de mães que têm até dois filhos aumentou para 63%, um crescimento em relação aos 57% registrados na pesquisa anterior, feita em 2010.

Proporção de mães com até dois filhos aumenta

Os números do Censo de 2022 revelam que, no total das 46 cidades da região, 463.178 das 729.579 mães tiveram até dois filhos. Em contraste, o número de mulheres que tiveram três ou mais filhos diminuiu, saltando de 43% para 37% ao longo da última década. A cidade de Ilhabela destaca-se por ter a maior proporção de mães que registraram apenas um filho, contabilizando 35%. Em uma outra ponta, Natividade da Serra apresenta um contraste, com 13% das mães tendo seis ou mais filhos.

Os dados também demonstram que o fenômeno se repete nas cidades mais populosas da região, como São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba, onde mais de 60% das mães têm até dois filhos. Esses resultados não só refletem um padrão social, mas também a evolução do planejamento familiar e das decisões reprodutivas entre as mulheres da região.

Taxa de fecundidade em queda

Mais abrangentemente, a taxa de fecundidade — um indicador que mede a média de filhos por mulher — atingiu níveis alarmantes no Brasil. Com uma média de apenas 1,6 filhos por mulher em 2022, o país registrou a menor taxa da série histórica. Essa queda é ainda mais pronunciada no estado de São Paulo, onde a média é de 1,39 filhos por mulher. Este número está abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1 filhos, que é considerada ideal para manter a população estável através das gerações.

A taxa de reposição populacional é fundamental para entender a continuidade demográfica de um país. Ela reflete uma média que compensa nascimentos, mortes e o não surgimento de filhos em algumas famílias. O Brasil, ao estar abaixo desse índice, enfrenta um desafio significativo a longo prazo em termos de envelhecimento populacional e de força de trabalho.

Maior idade média para a maternidade

Além disso, os dados do Censo 2022 indicam uma tendência crescente de mulheres que estão tendo filhos em idades mais avançadas. A idade média das brasileiras ao ter filhos chegou a 28,1 anos, um aumento substancial em comparação aos 26,3 anos em 2000. O grupo de 25 a 29 anos agora concentra a maior taxa de fecundidade, substituindo as jovens de 20 a 24 anos, que lideravam esses índices há uma década. O Distrito Federal, com uma média de 29,3 anos, apresenta o auge da idade média para a maternidade, enquanto o Pará, por outro lado, mostra a menor média, com 26,8 anos.

Proporção de mulheres sem filhos cresce

Outro dado preocupante revelado pelo IBGE é a crescente proporção de mulheres que chegam ao fim da vida reprodutiva sem filhos. Em 2000, 10% das mulheres entre 50 e 59 anos não tinham filhos nascidos vivos; esse número aumentou para 16% em 2022. Essa mudança é atribuída à postergação da maternidade, ao aumento da participação feminina no mercado de trabalho e a uma redução no desejo de ser mãe, refletindo uma mudança nos valores sociais e nas perspectivas de vida das mulheres modernas.

Essas estatísticas, apresentadas pelo Censo Demográfico 2022, não apenas fornecem um retrato atual da maternidade no Brasil, mas também levantam questões importantes sobre as políticas sociais e de saúde pública que poderão ser necessárias para responder às mudanças demográficas no país. As tendências observadas indicam que diferentes regionais estão vivenciando transformações únicas, moldadas por fatores culturais, econômicos e sociais.

Os dados completos do Censo Demográfico são fundamentais para que pesquisadores, formuladores de políticas e a sociedade em geral compreendam as tendências populacionais e seus impactos no futuro da sociedade. Para mais detalhes sobre as estatísticas, siga o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp.

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