A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (27/6) que a bandeira tarifária permanecerá vermelha, no patamar 1, em julho. Com isso, será aplicada uma taxa extra de R$ 4,46 na conta de energia elétrica, a partir do próximo mês.
Segundo a agência reguladora, a continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país diminui a geração de energia por hidrelétricas, que predominam na matriz energética brasileira. “Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas”, explica a Aneel.
Sistema de bandeiras tarifárias e sua importância
- Lançado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica, mensalmente, a situação da geração de energia no Brasil, orientando os consumidores sobre tarifas extras.
- Para determinar a bandeira vigente, a Aneel avalia fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes mais caras, como as termelétricas.
- Antes, as variações nas tarifas eram repassadas apenas no reajuste tarifário anual, mas, atualmente, a mudança ocorre de maneira mais rápida.
A Aneel reforçou, em nota oficial, a importância da conscientização e do uso responsável de energia elétrica diante da bandeira vermelha no patamar 1. Essa medida visa sensibilizar os consumidores sobre as condições da matriz energética e incentivar o consumo consciente.
Desde abril, o sistema tarifário indicava bandeira verde, sem custo adicional. Em maio, passou para a bandeira amarela, grau intermediário, e, a partir de junho, voltou para vermelha, no patamar 1, refletindo o cenário de crise hídrica.
Veja a imagem abaixo que explica o sistema de cores das bandeiras tarifárias:
Perspectivas para os consumidores e o setor
A continuidade da bandeira vermelha mantém o aumento na conta de energia e reforça a necessidade de consumo consciente. A Aneel orienta que os consumidores utilizem de forma responsável os aparelhos elétricos, evitando desperdícios.
Analistas do setor energético avaliam que, caso a crise hídrica persista, outros ajustes na tarifa podem ocorrer nos próximos meses, impactando o bolso da população e a economia do país.
Para acompanhar as atualizações e orientações da Aneel, os consumidores podem acessar o site oficial da Aneel.