Brasil, 27 de junho de 2025
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Agente penal é preso ao tentar entrar com drogas e celulares em penitenciária de Bauru

Um agente penal foi detido após ser flagrado com drogas e eletrônicos na Penitenciária II de Bauru, motivado por ameaças de agiota.

Na tarde desta quinta-feira (26), um agente penal de 49 anos foi preso em flagrante ao tentar introduzir drogas e aparelhos eletrônicos na Penitenciária II de Bauru, localizada no interior de São Paulo. O episódio, que levanta questões sobre a segurança nas unidades prisionais, ocorreu após uma denúncia anônima que alertou as autoridades sobre a ação ilegal do servidor.

Denúncia anônima e a prisão do agente

Segundo informações do boletim de ocorrência, a denúncia foi realizada na manhã do mesmo dia, alertando sobre uma possível tentativa de ingresso de entorpecentes e celulares na unidade prisional. O agente penal havia deixado a penitenciária para acompanhar um detento até o Hospital Estadual de Bauru e, ao retornar, despertou a curiosidade de seus colegas devido ao volume incomum que carregava na cintura, disfarçado sob uma blusa de frio.

O agente, que já tinha passado pelo detector de metais sem levantar suspeitas, optou por deixar sua blusa e celular pessoal em um armário antes de entrar na penitenciária. No entanto, a direção da unidade, ciente da denúncia e das suspeitas, decidiu realizar uma revista no armário do servidor, onde foram encontrados:

  • Dois tabletes de maconha, totalizando mais de 300 gramas;
  • Quatro mini celulares;
  • Dois celulares da marca Samsung;
  • Um celular da marca iPhone;
  • Uma placa de celular;
  • Cabos USB;
  • Uma bateria.

Motivação por ameaças de agiota

Durante a investigação inicial, o agente revelou que estava sendo ameaçado por um agiota associado ao crime organizado. Segundo ele, essa situação o levou a tentar introduzir as substâncias e os eletrônicos na penitenciária, como uma forma de proteção ou para saldar dívidas. Esse fato levanta a grave questão de como a pressão e as ameaças externas podem influenciar a conduta de servidores públicos dentro do sistema prisional.

Após a prisão, o agente recebeu voz de prisão e foi autuado por tráfico de drogas e por tentar introduzir objetos proibidos no sistema prisional. No momento da atualização desta reportagem, ele permanece à disposição da Justiça e deverá ser apresentado a uma audiência de custódia nesta sexta-feira (27). Existe a possibilidade de liberdade provisória, uma vez que o agente não possui antecedentes criminais e tem residência fixo.

Investigações pela DEIC

A Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) está à frente do caso e deve investigar quem seriam os destinatários dos celulares e das drogas dentro da penitenciária. A ação da DEIC se faz vital, não apenas para punir o servidor, mas também para identificar e desmantelar redes que possam estar operando dentro do ambiente carcerário.

O caso evidencia a fragilidade do sistema penitenciário e destaca a necessidade urgente de medidas de segurança mais rigorosas, bem como uma avaliação mais minuciosa do perfil dos servidores que atuam nas prisões. A introdução de objetos ilícitos pode ter consequências devastadoras, tanto para a ordem dentro da penitenciária quanto para a segurança pública em geral.

Conclusão

Este incidente é um alerta sobre os desafios enfrentados pelas instituições penitenciárias e a complexidade das relações entre os servidores e o crime organizado. A presença de ameaças e a pressão por parte de agiotas e outras organizações delituosas criam um ambiente propício para a corrupção e a introdução de ilícitos nas prisões, que devem ser cuidadosamente fiscalizados e combatidos.

As investigações da DEIC podem revelar mais detalhes sobre a situação e contribuir para preservar a segurança nas unidades prisionais, essencial para o funcionamento adequado do sistema de justiça.

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