Brasil, 27 de junho de 2025
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Acusações contra a deputada Erika Hilton por contratação de maquiadores

Subprocurador questiona contratações na assessoria de Erika Hilton, levantando suspeitas de improbidade administrativa.

A deputada Erika Hilton (PSOL) está no centro de uma polêmica envolvendo a contratação de maquiadores como secretários parlamentares. O subprocurador do Ministério Público solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre o caso, que levanta questões sobre a legalidade e a ética dessas nomeações. A situação envolve alegações feitas por outros deputados e também um convite à investigação sobre possíveis desvios de recursos públicos.

O caso das contratações controversas

No documento apresentado ao TCU, o subprocurador mencionou as contratações de Ronaldo Hass e Índy Montiel, profissionais conhecidos por sua atuação na área de beleza. Segundo ele, essas nomeações teriam configurado um “desvio de finalidade”, visto que os assessores foram contratados com a alegação de que suas capacidades estavam relacionadas à qualificação como maquiadores. O subprocurador argumenta que a atividade exercida por eles beneficiava diretamente a deputada, o que, segundo a representação, fere o princípio da impessoalidade nos cargos públicos.

Posicionamento da deputada Hilton

Em resposta às acusações, Erika Hilton defendeu-se por meio de postagens em suas redes sociais. De acordo com a deputada, tanto Ronaldo quanto Índy são secretários parlamentares que a acompanham em atividades oficiais, como comissões e audiências. Ela ainda ressaltou que constantemente interagem com a população, realizando um trabalho fundamental em suas agendas políticas.

“O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas”, escreveu Erika em uma de suas postagens no X (antigo Twitter).

Questionamentos sobre a utilização de verbas públicas

De acordo com o subprocurador, se as irregularidades forem confirmadas, seria necessário exigir o ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos. Neste contexto, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e o líder do PL na Câmara, Zucco (PL-RS), apresentaram uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigação adicional sobre a conduta da deputada, com foco em possíveis práticas de improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar.

O histórico profissional dos contratados

Ronaldo Hass, um dos maquiadores mencionados, é listado como assessor da deputada desde maio do ano passado, recebendo um salário bruto de R$ 9.678,22. Recentemente, Hass compartilhou em suas redes sociais detalhes de produções realizadas para a deputado, incluindo eventos de grande repercussão, como o show da Beyoncé em Paris.

Além dele, Índy Montiel também é citado nas acusações e atua como assessor desde dezembro do ano passado, com salário bruto mensal de R$ 2.126,59. Em suas postagens, Montiel refere-se a Hilton de maneira carinhosa, usando termos como “musa” e “boneca viva”, o que adiciona ainda mais complexidade à discussão sobre a natureza dessas contratações e o que realmente representa o papel deles no gabinete da deputada.

A importância da transparência na política

Esse caso ressalta a relevância da transparência nas contratações e operações da administração pública. A maneira como recursos são alocados e a qualificação dos profissionais envolvidos em cargos públicos são temas cruciais no debate político atual. O MP e o TCU têm um papel fundamental na manutenção da integridade e na defesa do uso correto dos recursos públicos.

À medida que a investigação avança, o público e os eleitores da deputada Erika Hilton esperam esclarecimentos sobre a situação. A confiança nas instituições e nos representantes políticos depende cada vez mais da transparência e do compromisso com a ética no serviço público. O desfecho desse caso poderá, de alguma forma, influenciar a percepção sobre a atuação da parlamentar e sua continuidade no cargo.

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