Após uma derrota significativa no Senado, o presidente Donald Trump voltou a defender sua “grande lei bonita” em um evento na Casa Branca na quinta-feira. A proposta legislativa, que enfrenta obstáculos no Congresso, inclui cortes fiscais e aumento de recursos para segurança nas fronteiras.
Trump aposta na propaganda do ‘Big Beautiful Bill’
Durante o evento no Salão Leste da Casa Branca, Trump destacou os benefícios do projeto, como a ampliação dos cortes de impostos e o financiamento adicional para operações de imigração. Ele trouxe seu czar de segurança fronteiriça, Tom Homan, para ao vivo pedir apoio ao Congresso na aprovação do pacote.
“Passa esse projeto, para que possamos contratar 10 mil agentes de deportação e 5 mil agentes do Border Patrol, e assim deportar mais de um milhão de pessoas por ano,” afirmou Homan, em tom emocionado. “Vamos tornar nosso país seguro novamente.”
Obstáculos no Senado adiam a assinatura do projeto
Horas antes do evento, o parlamentar do Senado declarou que algumas medidas do projeto violaram procedimentos legislativos, incluindo uma tentativa de reduzir em US$ 250 bilhões os custos do Medicaid por meio de uma mudança na tributação dos estados. Essa decisão obriga os republicanos a reestruturar a proposta, dificultando a assinatura prevista para o 4 de julho.
Foco nas propostas de reforma social e segurança
O projeto, centro da agenda doméstica de Trump, inclui prorrogação de cortes de impostos, vouchers para educação alternativa, dedução de gorjetas e equipamentos rurais, além da suspensão de impostos sobre fazendas familiares. Apesar do apoio, alguns republicanos demonstram preocupação com o impacto no Medicaid, temendo que milhões percam acesso ao programa de saúde.
Trump negou essas preocupações, afirmando: “Vamos cortar US$ 1,7 trilhão, e ninguém vai sentir nenhum impacto, porque o Medicaid fica igual.”
Reforço na segurança na fronteira e retórica anti-imigração
Trump prometeu que os fundos extras aumentariam triplicadamente o número de agentes do ICE, promovendo deportações em ritmo acelerado. Ele descreveu cidades dos EUA onde há maior atuação do ICE como “zonas de guerra” e lançou ameaças ao citar o personagem Hannibal Lecter, insinuando que imigrantes ilegais representam uma ameaça à segurança.
“Eles não querem ter Hannibal entre nós”, declarou Trump, reiterando sua narrativa de uma imigração descontrolada e ameaçadora para o país.
Perspectivas futuras
O presidente expressou otimismo de que o projeto será aprovado, apesar dos obstáculos legislativos. Em sua fala, destacou a importância de aprovar a legislação para reforçar a segurança e implementar suas prioridades econômicas e sociais.