Brasil, 26 de junho de 2025
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Ricardo Saadi assume presidência do Coaf e propõe melhorias

O novo presidente do Coaf, Ricardo Saadi, planeja aumentar equipe e aprimorar tecnologia para combater lavagem de dinheiro.

Em 1° de julho, o delegado da Polícia Federal (PF) Ricardo Saadi assume a presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Com a nova posição, Saadi já demonstrou seu entusiasmo por ampliar a equipe do conselho, que atualmente conta com 100 colaboradores. O objetivo é aumentar o alcance nas atividades de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, por meio de relatórios mais abrangentes e eficazes.

Experiência e reconhecimento na PF

Ricardo Saadi desempenhou um papel fundamental na gestão do atual diretor-geral da PF, Andrei Passos, como diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção. Sua ascensão à presidência do Coaf, órgão do qual já foi conselheiro, é amplamente elogiada pela cúpula da PF. Durante o seminário do Instituto Esfera, realizado no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília, Saadi enfatizou a importância de reforçar a equipe para lidar com a crescente demanda.

Desafios enfrentados pelo Coaf

Atualmente, o Coaf opera com 100 pessoas, sendo que a maior parte dessas funções é administrativa, enquanto os analistas se dividem na análise de dados. Saadi expressou preocupação com a necessidade de profissionais qualificados e destacou dois “gargalos” que pretende superar: a criação de uma carreira própria para analistas do Coaf e a modernização do sistema tecnológico, que se encontra defasado. “A maioria dos analistas está cedida por outras instituições, e muitas dessas pessoas, inclusive, estão ali em treinamento, para depois retornarem às suas instituições com mais conhecimento sobre o fluxo de informações. Isso poderá comprometer a qualidade da análise”, afirmou Saadi.

Aumento na demanda por relatórios financeiros

A pressão sobre o Coaf é evidente, uma vez que, nos últimos nove anos, o volume de operações cresceu impressionantes 766,6%. Apenas no ano passado, o órgão recebeu 7,5 milhões de comunicações, refletindo a alta demanda e a necessidade de respostas rápidas e eficazes. Segundo Saadi, a superação dos obstáculos mencionados pode permitir que o Coaf gere relatórios mais precisos e relevantes, contribuindo assim significativamente para a luta contra o crime organizado no Brasil.

Estudo e sugestões para reformas

Um estudo, realizado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, reforçou a urgência de melhorias estruturais e operacionais no Coaf. A pesquisa sugere que, para fortalecer o combate ao crime organizado, o órgão necessita ser “bombado” com recursos e investimentos que garantam sua eficácia no combate à lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Nova gestão e metas futuras

Ricardo Saadi é o novo presidente do Coaf escolhido pelo Banco Central (BC), onde substitui Ricardo Liáo, que esteve à frente do órgão desde agosto de 2019. Em nota, o BC ressaltou que a experiência de Saadi contribuirá para a missão do Coaf de “produzir inteligência financeira e supervisionar setores econômicos para proteção da sociedade contra a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa”.

O Coaf é a principal unidade de inteligência financeira do Brasil, funcionando como uma autoridade administrativa central e independente que recebe e analisa informações do setor financeiro e de outras partes da economia, desempenhando um papel fundamental na segurança financeira do país.

Com a nova gestão de Ricardo Saadi, o Brasil aguarda por avanços significativos nas políticas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, fundamentais para a manutenção da integridade do sistema financeiro.

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