No Estado da Califórnia, a influenciadora fitness Gloria Zamora, de 40 anos, foi fatalmente morta por seu ex-marido enquanto estava em um encontro com outra pessoa. A tragédia, ocorrida no sábado na cidade de Fontana, reacende o debate sobre os sinais de alerta em relacionamentos abusivos e a importância das mulheres ouvirem seus instintos.
Sinalizadores de um relacionamento abusivo se tornam mais evidentes
Gloria Zamora, que possui uma plataforma com mais de 150 mil seguidores no Instagram [@gloriazamoraaa_], vinha falando abertamente sobre sua experiência pessoal e as dificuldades de romper um relacionamento difícil. Recentemente, ela participou do podcast Herizon, onde destacou a importância de identificar sinais de abuso, como controle, ciúmes excessivos e ameaças veladas.
Em um trecho do episódio divulgado na semana passada, Gloria afirmou: “Ao invés de apoio, estou sendo atacada”, ressaltando a luta interna contra as inseguranças de seu ex-marido. A conversa também contou com a participação da apresentadora Isene, que afirmou: “As inseguranças dele estão te perseguindo. Ele tenta te diminuir para te impedir de sair.”
O trágico desfecho e a luta por justiça
Quase uma semana após a publicação do episódio, Gloria foi surpreendida pelo ex-marido, Thomas Lizarraga, de 45 anos, que a localizou e a matou a tiros, enquanto ela estava acompanhada de um amigo, Hector Garduno, de 43 anos, no estacionamento do Falcon Ridge Town Center, em Fontana.
Segundo o oficial de polícia Steve Reed, de Fontana, Lizarraga foi morto por um policial que, ao ouvir os tiros, reagiu rapidamente. Tanto Gloria quanto Hector foram levados a hospitais locais, mas não resistiram aos ferimentos. A investigação da polícia verifica se o suspeito sabia do paradeiro de Gloria devido a um processo de divórcio em andamento.
“Ela tentou sair de uma relação tóxica, mas ele reagiu com violência e controle total”, destacou Isene, acrescentando que a violência de Lizarraga “não era amor, era ego, era insegurança e destruição”.
A importância de reconhecer sinais de alerta para evitar tragédias
As mortes de Gloria e Hector reforçam a necessidade de dialogar sobre os “red flags” — sinais de alerta de abuso — e de apoiar mulheres que enfrentam relacionamentos perigosos. Segundo dados do Departamento de Justiça dos EUA, cerca de 1 em cada 4 mulheres já passou por alguma forma de violência doméstica.
As redes sociais e os grupos de apoio têm papel fundamental na conscientização, ajudando mulheres a reconhecerem comportamentos suspeitos e buscar ajuda. A própria Gloria incentivava a quebra do silêncio e a valorização do bem-estar emocional.
Recursos disponíveis e incentivo ao apoio às vítimas
Quem necessita de ajuda pode ligar para a National Domestic Violence Hotline, nos Estados Unidos, pelo telefone 1-800-799-SAFE (7233). No Brasil, o disque 180 oferece assistência às vítimas de violência doméstica.
Familiares de Gloria criaram uma campanha no GoFundMe para apoiar a família da influenciadora, destacando o impacto positivo que ela teve na comunidade. “Ela era uma luz que inspirava mulheres a reconhecerem seu valor e força”, afirmaram as filhas da vítima.
Reflexão sobre o papel de mulheres na prevenção
O caso de Gloria Zamora serve de alerta para que outras mulheres estejam atentas a sinais de abuso e se apoiem mutuamente. Compartilhar histórias, buscar ajuda especializada e desconstruir padrões de controle são passos essenciais para prevenir tragédias semelhantes no futuro.