Brasil, 26 de junho de 2025
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Mauro Cid afirma não ser responsável por conta de Instagram em investigação

Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, nega ter vínculo com conta que teria trocado mensagens sobre investigações.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma afirmação categórica à Polícia Federal (PF) em seu depoimento, onde negou ser o responsável pela conta do Instagram que, segundo investigações, estaria envolvida em conversas com o advogado de um réu em uma suposta trama golpista. O depoimento ocorreu na tarde de terça-feira (24), no contexto de um inquérito que investiga tentativas de obstruir as investigações.

Investigações em curso: contextos e declarações

De acordo com a PF, Cid teria mantido diálogos com o advogado Marcelo Câmara através da conta identificada como @gabrielar702. No entanto, Cid afirmou que não tem ideia de quem criou o perfil e que nunca conversou com o advogado sobre um possível acordo de delação premiada. Ele parece estar se distanciando de qualquer envolvimento com a conta, que a Meta – empresa responsável pela rede social – confirmou associada ao seu e-mail.

O ex-ajudante admitiu que conheceu Eduardo Kuntz, defensor de Marcelo Câmara, em um contexto antigo, relacionado à defesa de Bolsonaro, mas declarou desconhecer a motivação que teria levado Kuntz a contatar sua família. Em seus relatos, Cid apontou que Kuntz e o ex-assessor Fábio Wajngarten o visitaram em 2023 enquanto estava detido.

Controvérsias sobre a conta e gravações

Cid revelou que tomou conhecimento da existência da conta no Instagram após a publicação de uma reportagem na revista Veja, que insinuava uma conexão com o nome de sua esposa. Ele ainda acrescentou que não tinha motivos claros para crer que seu envolvimento pessoal com Kuntz fosse de fato genuíno e disse que Wajngarten também buscou aproximação com sua família, o que indicaria uma tentativa de obtenção de informações sobre delações.

Em relação a áudios que foram divulgados por Kuntz, Cid se defendeu ao afirmar que não estabeleceu conversações diretas com o advogado. “Acredito que os áudios possam ter sido gravados por terceiros e não por mim”, declarou, sugerindo a possibilidade de manipulação nas gravações que passaram a circular.

Próximos passos das investigações

A partir das novas declarações de Cid, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu que a PF deve ouvir Wajngarten e o advogado de Bolsonaro. Moraes também estabeleceu um prazo de dez dias para que a investigação anexe um laudo técnico referente ao conteúdo do celular da filha de Cid, o que potencialmente poderá trazer mais luz ao caso.

Cid finalizou seu depoimento enfatizando que nunca foi contatado por Marcelo Câmara sobre as delações, embora não tenha certeza se outros indivíduos que se relacionaram com o ex-assessor tenham tentado obter informações em seu nome. As questões em torno dessa trama continuam em investigação, envolvendo figuras proeminentes da política nacional.

Esse caso se desdobra em um contexto de crescente tensão na política brasileira, onde as investigações sobre a anterior administração de Bolsonaro ainda permanecem em destaque. Resta saber quais desdobramentos essa situação irá gerar e quais implicações poderão emergir a partir das novas informações reveladas por Mauro Cid e outros envolvidos.

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