Brasil, 5 de julho de 2025
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Escritora ressalta perigos na trilha do vulcão Rinjani após tragédia

Leticia Mello alerta sobre riscos da trilha após morte de Juliana Marins na Indonésia.

A tragédia que envolveu a morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada sem vida na terça-feira (24/6) no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, trouxe à tona um alerta importante sobre os perigos dessa expedição. A escritora gaúcha Leticia Mello, que fez a mesma trilha em 2017, compartilhou sua experiência nas redes sociais e ressaltou os riscos que cercam a atividade, que é frequentemente promovida como uma trilha simples por agências locais.

Uma experiência arriscada

No relato de Leticia, disponível para leitura completa em suas redes sociais, a escritora expressa sua preocupação com a falta de estrutura e preparo físico dos turistas que se aventuram na trilha. Ela enfatiza que, embora muitos viajantes subam o vulcão com a ideia de que se trata de uma caminhada tranquila, a realidade é bem diferente. “A montanha apresenta riscos reais e requer equipamentos adequados, os quais muitos não possuem”, frisou Leticia.

A escritora levou seus seguidores a refletirem sobre a importância de uma preparação adequada e dos riscos que muitos ignoram. Ela destacou que, apesar de já ter participado de diversas aventuras, a subida ao Rinjani foi a única vez em que sentiu um perigo real.

Fatalidade e falta de socorro

Juliana Marins estava realizando um mochilão pela Ásia quando, durante a trilha, acabou escorregando e caiu em uma vala, parando a cerca de 300 metros de distância de onde seu grupo estava. Informações iniciais sugeriam que ela havia recebido socorro, porém, a família desmentiu os rumores, confirmando que Juliana estava aguardando resgate por quatro dias.

De acordo com as informações divulgadas, as condições climáticas na região dificultaram os esforços de resgate. Uma equipe de busca combinada com a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia foi responsável pela retirada do corpo da jovem, que ocorreu após um período angustiante para a família e amigos que a esperavam.

A experiência de Leticia Mello

Leticia Mello usou sua plataforma para compartilhar imagens que mostram as condições precárias do acampamento no Rinjani. Em sua postagem, ela relata que muitos viajantes sobem a montanha com roupas leves e sem noção das dificuldades que enfrentarão, o que pode ser um erro fatal.

Em um dos episódios de sua escalada, Leticia narrou que as tendas montadas não aguentaram os ventos fortes da noite, levando parte do grupo a dormir sob condições desfavoráveis, enquanto a sua barraca foi mantida de pé apenas com a ajuda de um galho. “Assim que amanheceu, metade do grupo desistiu e desceu a montanha”, ela compartilhou, enfatizando as dificuldades enfrentadas.

A falta de preparo dos guias

Além das condições adversas, a escritora também criticou a falta de preparo dos guias que estavam acompanhando o grupo. “Eles não tinham os equipamentos básicos para garantir a segurança dos turistas”, afirmou Leticia em seu relato. Segundo ela, a descida do cume foi um momento de grande desconforto, marcada por frio intenso e visibilidade nula, o que aumenta o risco para os turistas.

“Foi somente na descida do cume, com o dia amanhecendo, que tive noção do tamanho do penhasco que existe para ambos os lados. Fiquei bem perplexa por termos subido no escuro, sem equipamento, com frio e com guias que, apesar de permanecerem conosco, não tinham preparo”, declarou Leticia.

A história trágica de Juliana Marins e os alertas de Leticia Mello colocam em evidência a necessidade de maior conscientização sobre os riscos de trilhas em regiões montanhosas como o Rinjani. Espera-se que histórias como a de Juliana possam informar e salvar vidas de futuros aventureiros.

O que aconteceu com Juliana é um lembrete doloroso de que a natureza, embora bela, pode ser traiçoeira. É vital que todos os turistas se preparem adequadamente e busquem informações sobre as condições das trilhas antes de se aventurar, garantindo não apenas sua segurança, mas também a de outros que compartilham o mesmo espaço.

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