Castel Gandolfo, conhecido por sua história de descanso e oração dos papas, se prepara para acolher Papa Leo XIV em 6 de julho. A vila papal, um imponente palácio do século XVII, será o espaço onde o pontífice passará parte das férias de verão, retomando uma tradição que remonta a 1628, com a presença contínua dos papas na cidade.
Uma cidade de história e esperança
Embora apenas alguns cômodos do palácio sejam abertos ao público, eles exibem vestimentas litúrgicas dos papas anteriores e seus retratos. Diferentemente de seus predecessores, Francisco optou por não se deslocar até Castel Gandolfo durante o verão, permanecendo na Casa de Santa Marta, no Vaticano. Agora, Leo XIV retornará a essa cidade cheia de significado para a Igreja e para seus fiéis.
O prefeito de Castel Gandolfo, Alberto de Angelis, destacou a importância do retorno papal ao afirmar que “desde 1628, os papas viveram na cidade, e sua presença permanece como parte fundamental da identidade local”. Ele também ressaltou que a escolha do papa de residir em outra estrutura dentro do complexo do Vaticano, a Villa Barberini, permitirá equilibrar o turismo e a residência oficial.
Preparativos e expectativa na cidade
Castel Gandolfo não vivia uma expectativa semelhante desde 2013, quando Bento XVI residiu ali após sua renúncia. A cidade está mobilizada, reforçando a segurança, reorganizando espaços e aumentando a presença policial, especialmente para receber a visita do papa e de suas autoridades.
O retorno de Leo XIV também traz de volta uma presença simbólica que marca a história do local, especialmente com o retorno dos Guardas Suíços, ausentes há 12 anos. Segundo De Angelis, “a presença do papa faz parte do DNA de Castel Gandolfo”.
O que esperar do encontro com Leo XIV
No dia 6 de julho, pela manhã, o papa participará do ângelus na Praça de São Pedro, e à tarde, seguirá rumo a Castel Gandolfo, onde acontecerá uma cerimônia oficial de boas-vindas. A comunidade local espera uma recepção calorosa, com planos de aproximar o pontífice da população, além de ações para que ele se sinta em casa.
O prefeito revelou que há conversas com o próprio papa para entender suas preferências e que a cidade trabalha para garantir uma experiência acolhedora. “Queremos que ele nos conheça de perto, que veja nossa hospitalidade e, se possível, que permaneça mais tempo conosco, além do verão”, afirmou De Angelis.
Além das ações protocolares, equipes de segurança e mobilidade estão em fase de preparação, com o objetivo de proporcionar uma estadia segura e confortável, sem prejudicar a rotina local. Ainda assim, há esperança de que essa visita seja mais do que um evento temporário.
“Desejamos que esta seja uma presença contínua, que a cidade e o papa possam fortalecer essa relação ao longo do tempo. Para nós, Castel Gandolfo é a Casa do papa”, finalizou o prefeito, animado com essa retomada histórica.
