As ações da BP subiram cerca de 2,35%, atingindo US$ 30,53 às 14h10, após o jornal The Wall Street Journal divulgar que a Shell estaria em negociações iniciais para adquirir a concorrente. A Shell, no entanto, negou que esteja realizando conversas nesse sentido, classificando a informação como especulação de mercado.
Especulações sobre possível aquisição da BP pela Shell
Segundo fontes familiarizadas, as discussões ainda estariam em estágio inicial e a concretização do negócio ainda é incerta. A reportagem do WSJ destacou que, em maio, a Bloomberg havia informado que a Shell avaliava uma possível aquisição, enquanto a BP passava por dificuldades financeiras e seria alvo de interesse de outros investidores. A operação, se acontecer, poderá ser uma das maiores fusões na Europa, formando uma gigante do setor com produção de quase 5 milhões de barris diários.
Potencial impacto no mercado global de petróleo
A união entre Shell e BP criaria uma líder global no setor de petróleo e gás natural liquefeito (GNL), com forte presença no mercado internacional e uma posição dominante no varejo de combustíveis em alguns países. Contudo, analistas alertam que a transação envolveria um investimento elevado, com uma estimativa de prêmio de 20% sobre o valor de mercado da BP, avaliado em cerca de £ 58 bilhões (aproximadamente R$ 437,7 bilhões).
Reações e obstáculos à potencial fusão
A Shell reforçou sua postura oficial, afirmando que “não há conversas em andamento” sobre o assunto. “Como já dissemos várias vezes, estamos focados em gerar valor para nossos acionistas por meio de desempenho, disciplina e simplificação”, afirmou um porta-voz da empresa. Já a BP não foi localizada de imediato para comentar o tema.
Especialistas indicam que há riscos de questionamentos antitruste, uma vez que a união de ambas reduziria a concorrência em mercados de varejo de combustíveis em diversos países. Ainda assim, uma eventual compra representaria uma transformação significativa na indústria europeia de petróleo.
Contexto e movimentações recentes
Embora a Shell tenha negado qualquer intenção de adquirir a BP, a especulação renovou o interesse de investidores e analistas sobre o setor de energia. No último mês, a BP investiu fortemente em energia de baixo carbono, o que teria impactado sua avaliação de mercado e despertado o interesse de possíveis compradores.
Se a fusão se concretizar, a parceria entre as duas gigantes será uma das maiores da história europeia, reforçando a posição de domínio europeu no setor energético global.