Brasil, 25 de junho de 2025
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Será que ‘The Ultimatum’ funcionaria com homens gays?

Análise sobre a possibilidade de adaptar o reality show ‘The Ultimatum’ para casais gays, considerando dinâmicas de relacionamento e cultura.

**Could ‘The Ultimatum’ work with gay men? | TIME**

Desde o início da cultura LGBT, a representação de relacionamentos costuma se concentrar em mulheres e em relacionamentos heterossexuais, deixando de lado os homens gays. Apesar de “gay” não ser um termo inerentemente de gênero, o padrão de referência frequentemente associa sua imagem a homens, o que reforça estereótipos e limita a diversidade de visões sobre o assunto.

‘The Ultimatum’ e o formato que poderia ser adaptado para o público gay

Na sua segunda temporada, Netflix lançou ‘The Ultimatum: Queer Love’, um reality show que acompanha casais LGBTQ+, incluindo mulheres e alguns não-binários, numa dinâmica de decisão de relacionamento. Criado por Chris Coelen, o programa propõe que os participantes façam um ultimato: casar ou terminar, passando por uma espécie de “teste” de três semanas com novos parceiros.

O formato do programa, que reúne casais em crise e busca criar drama por meio de encontros e decisões rápidas, foi pensado originalmente para relacionamentos heterossexuais, mas seus criadores acreditam que ele pode ser adaptado para diferentes orientações sexuais. “O ‘Ultimatum’ é facilmente adaptável a outras versões, seja gay, fluido, lésbico, ou qualquer outro formato”, afirmou Coelen ao Hollywood Reporter em 2023.

Por que ainda não há uma versão com homens gays?

A possibilidade de uma edição exclusiva com homens gays envolve questões relacionadas às dinâmicas de relacionamento, especialmente o foco na monogamia — tema central do programa. Em ‘Queer Love’, muitos participantes expressaram surpresa ou desconforto ao ver seus parceiros em encontros com outras pessoas, o que pode parecer estranho para quem vive relacionamentos não-monogâmicos, uma prática comum entre gays e lésbicas.

Dados de uma pesquisa de 2012 indicam que cerca de 32% dos homens gays estão em relacionamentos não-monogâmicos consensuais, mais que o dobro da população heterosexual. Com a aceitação social crescente, esses números tendem a ser ainda maiores atualmente, o que tornaria difícil encontrar um grupo homogêneo de homens gays monogâmicos dispostos a participar de uma versão do programa focada na fidelidade.

Aspectos emocionais e sociais envolvidos

Uma possível razão para a ausência de uma versão com homens gays é o estilo emocional do programa, que depende de conversas abertas e vulneráveis, algo que, socialmente, é mais encorajado às mulheres devido às expectativas de socialização. Como destaca o psicólogo Walt Odets, meninos e homens, socializados para demonstrar força e invulnerabilidade, geralmente têm mais dificuldades em expressar emoções e vulnerabilidades, o que limitaria o impacto dramático do programa na sua narrativa.

Perspectivas de adaptação e inclusão

Se o formato do programa fosse ajustado para refletir as realidades dos homens gays, incluindo suas dinâmicas de relacionamento e suas formas de expressar emoções, poderia representar um avanço na televisão LGBTQ+. A adaptação exigiria uma abordagem mais sensível às diferenças culturais e comportamentais, além de ampliar a diversidade de histórias que representam o universo gay masculino.

Enquanto isso, ‘Queer Love’ demonstra que há espaço para explorar diferentes identidades e experiências na televisão, reforçando a importância de uma narrativa mais inclusiva e diversificada.

**Meta descrição:** Análise sobre se ‘The Ultimatum’ poderia ser adaptado para casais gays, considerando diferenças emocionais, culturais e de relacionamento.

**Tags:** TV, reality show, LGBTQ+, relacionamentos, diversidade, ‘The Ultimatum’, cultura queer

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