Brasil, 26 de junho de 2025
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Resultado de pesquisa revela que poucos americanos pagam por notícias

A pesquisa do Pew Research Center mostra que 83% dos americanos não pagaram por notícias no último ano.

A indústria de notícias enfrenta desafios significativos com a crescente adoção do consumo digital entre os leitores. Uma recente pesquisa conduzida pelo Pew Research Center destaca que a receita de jornais tem diminuído nas últimas décadas, e a maioria dos americanos prefere acessar notícias através de dispositivos digitais. Nesse cenário, muitas organizações de notícias, não apenas os jornais, implementaram paywalls em seus sites, restringindo o acesso a conteúdos a menos que os consumidores paguem ou assinem.

A adesão ao pagamento por notícias

De acordo com a pesquisa, a vasta maioria dos americanos, ou seja, 83%, declarou que não pagou por notícias nos últimos doze meses. Apenas 17% admitiram ter realizado pagamentos diretos, seja através de assinaturas, doações ou tornando-se membros de alguma fonte de notícias durante esse período. Essa tendência levanta questões sobre o futuro do jornalismo e a sustentabilidade dos modelos de negócios baseados em assinaturas.

Além disso, 74% dos entrevistados relataram que encontraram paywalls ao procurar notícias online. Entre esses, 38% afirmaram que frequentemente encontram artigos bloqueados por paywalls, o que sugere uma frustração crescente entre os leitores quando se deparam com esse tipo de barreira.

O que os leitores fazem ao encontrar paywalls?

A pesquisa também investigou quais ações os americanos tomam ao encontrar paywalls. Apenas 1% dos entrevistados disseram que pagariam pelo acesso quando se deparavam com um artigo pago. A reação mais comum foi buscar as informações em outra fonte, com 53% optando por essa alternativa. Outros 32% relataram que normalmente desistem de acessar a informação.

Por que os americanos não pagam por notícias?

Entre os 83% que não pagaram por notícias no último ano, a razão mais citada foi a disponibilidade de uma ampla gama de notícias gratuitas. Aproximadamente 49% dos que não pagam atribuíram essa escolha à facilidade de encontrar artigos gratuitos. Isso demonstra que, apesar da implementação de paywalls, muitos leitores still preferem acessar conteúdos sem custo.

Além disso, 32% dos entrevistados mencionaram que não estão suficientemente interessados nas notícias para justificar o pagamento. Somente 10% consideraram o preço dos serviços de notícias altos, e 8% relataram que a qualidade das notícias não é suficiente para justificar o custo.

Demografia dos pagadores de notícias

Embora 17% dos adultos americanos tenham pago por notícias, determinados grupos demográficos são mais propensos a fazê-lo. Adultos com maior nível de escolaridade e uma renda mais alta são mais propensos a pagar por serviços de notícias. Por exemplo, 27% dos graduados universitários relataram ter pago por notícias no último ano, enquanto esse número cai para apenas 9% entre aqueles que possuem apenas o ensino médio.

A pesquisa também revelou que 21% dos democratas e independentes que se inclinam para a esquerda pagaram por notícias, em comparação com 14% dos republicanos. Além disso, 25% dos cidadãos com 65 anos ou mais pagaram por notícias, em contraste com apenas 12% dos jovens entre 18 a 29 anos. Curiosamente, 8% dos adultos em grupos de baixa renda pagaram por notícias, em comparação a 30% dos indivíduos nos grupos de renda mais alta.

Conclusão

Esses dados da Pew Research Center expõem uma realidade complexa para o futuro do jornalismo, especialmente em um ambiente onde o acesso a informações aumentou enormemente devido à digitalização. Para os veículos de notícias, representa um desafio significativo encontrar um equilíbrio entre a necessidade de monetizar o conteúdo e a realidade de que muitos leitores têm a flexibilidade de optar por informações gratuitas. O cenário atual sugere que os jornais e outras instituições de mídia precisarão inovar para se adaptar a essas novas dinâmicas de consumo.

Os resultados dessa pesquisa servem como um alerta para o setor, indicando que a busca pela sustentabilidade financeira nos meios de comunicação pode exigir abordagens mais criativas e inclusivas para envolver os leitores dispostos a pagar por conteúdo de qualidade.

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