A recente disputa entre Murilo Huff e Dona Ruth, mãe da cantora Marília Mendonça, trouxe à tona questões delicadas e polêmicas sobre a guarda do pequeno Léo, de apenas 5 anos. Desde a tragédia que ceifou a vida de Marília em 2021, o menino vem sendo criado entre o pai e a avó materna. No entanto, agora Murilo busca obter a guarda unilateral do filho, enquanto Dona Ruth acusa-o de não cumprir seus deveres financeiros em relação à pensão alimentícia.
Contexto da disputa judicial
O imbróglio começou quando Dona Ruth fez acusações públicas sobre a suposta inadimplência de Murilo em relação à pensão do menino, além de questionar sua capacidade de cuidar da criança sozinho. Em contrapartida, o cantor se pronunciou, alegando que já arca com diversas despesas envolvendo a criação do filho, como, por exemplo, R$ 5.000 com uma babá enfermeira e R$ 2.600 para a escola.
Especialistas em direito de família, como Vanessa Bispo, têm se manifestado sobre a situação, explicando a diferença entre guarda e convivência. Segundo a especialista, a guarda se refere às decisões que são tomadas sobre a vida da criança, enquanto a convivência diz respeito ao tempo que a criança passa com cada genitor.
Entendendo a guarda unilateral
Murilo solicitou a guarda unilateral, o que significa que ele passaria a ser o único responsável por tomar decisões sobre a vida de Léo. “Na guarda compartilhada, as decisões são tomadas em comum acordo entre os pais. Contudo, em situações de guarda unilateral, o poder é totalmente delegado a um dos genitores,” esclarece Vanessa.
O fator que pode pesar na decisão do juiz é o que se define como “melhor interesse da criança”. De acordo com Vanessa, “a Justiça resistirá a qualquer decisão que possa causar danos à saúde moral e física do menor”. Nesse caso específico, o histórico familiar e o relacionamento entre Léo e Dona Ruth serão analisados com atenção.
A importância dos laços afetivos
Além das questões jurídicas, as emoções e a relação afetiva de Léo com sua avó materna devem ser considerados. O apego que o menino tem por Dona Ruth, a quem muitas vezes recorre como uma figura materna, é um ponto central na avaliação do juiz.
Para Vanessa, essa conexão é crucial e, enquanto a avó não representar um risco para a criança, ela deve ter o direito de continuar convivendo com Léo, mesmo que Murilo ganhe a guarda unilateral. “O ideal seria haver um estudo psicossocial que assegurasse que os laços de afeto entre eles sejam preservados”, destaca a especialista.
Dona Ruth perderia o contato com Léo?
Com o avanço do processo, muitos internautas se questionam sobre o futuro da relação entre Dona Ruth e o neto. Segundo as apreciações de Vanessa, mesmo que a avó não tenha mais a guarda compartilhada, ela ainda poderá ter acesso ao menino, desde que isso não afete sua integridade.
“A avó terá sempre o direito de convivência com o neto, desde que esteja em um ambiente seguro e saudável. Isso não seria cortado pelo fato de Murilo obter a guarda unilateral”, explica Vanessa.
As repercussões na mídia e a influência da opinião pública
Desde que a demanda pela guarda unilateral foi divulgada, as figuras públicas envolvidas começaram a se manifestar nas redes sociais, expondo suas versões. Dona Ruth, em suas alegações, ressaltou que Murilo nunca pagou a pensão alimentícia que lhe competia. Em contrapartida, Murilo defende que seus gastos com o filho justificam sua posição no caso.
Vanessa Bispo ressalta que, embora a opinião pública carimbe esses processos, a decisão do juiz deve ser baseada em provas sólidas e não no sensacionalismo midiático. “É fundamental que a Justiça se baseie nas evidências e no que realmente é melhor para a criança, independentemente do que se diz nas redes sociais”, conclui.
Com a publicidade em torno deste caso, a atenção dos fãs e do público, em geral, permanece em alta, esperando resultados que certamente terão um impacto significativo na vida do pequeno Léo e nas dinâmicas familiares envolvidas.
