No dia 25 de junho de 2025, Moçambique comemora meio século de sua independência, um marco histórico que é celebrado com grande fervor em todo o país. Na cidade da Beira, a Igreja Católica dedicou a oração das vésperas de Terça-feira às festividades jubilares, unindo os 50 anos da independência com os 100 anos da Sé Catedral da Beira, em um momento de reflexão e celebração.
A celebração na Beira
As cerimônias na Beira, conduzidas pelo Arcebispo Dom Cláudio Dalla Zuanna, contaram com a presença do Bispo Auxiliar, Dom António Constantino, além de autoridades do governo provincial e municipal, representantes de instituições de ensino superior e vários fiéis, entre eles, muitos jovens da pastoral universitária da Universidade Católica de Moçambique e da pastoral juvenil arquidiocesana.
O evento, que reuniu uma multidão animada, foi uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados pelo país ao longo de sua história e ao mesmo tempo celebrar as conquistas alcançadas em 50 anos de luta pela liberdade e pela autodeterminação.
Reflexões sobre a independência
Durante sua homilia, Dom Cláudio Dalla Zuanna abordou a complexidade da trajetória de Moçambique, enfatizando que a opressão, desavenças e guerras derivam da tentativa de estabelecer uma sociedade igualitária sem a presença de Deus. Ele destacou Moçambique como um exemplo claro dessa realidade. Para o Arcebispo, a verdadeira cura para as feridas abertas e os traumas do passado passa pela volta à verdade e pela sinceridade no relacionamento humano.
“As feridas do nosso passado ainda estão abertas, mas a proposta é a cura, buscando a felicidade, a abundância e a riqueza no nosso país”, afirmou Dom Cláudio. De acordo com ele, esse processo de cura deve incluir a atenção aos jovens e a promoção da educação e da justiça, fundamentais para construir um futuro próspero.
A importância do papel da juventude
A mensagem do Arcebispo ressoou fortemente entre os jovens presentes, que representam a esperança e o futuro de Moçambique. Dom Cláudio enfatizou que, sem o comprometimento com a educação e a justiça, a esperança numa Moçambique próspero se tornará apenas uma ilusão. Dessa forma, ele fez um apelo à comunidade e às autoridades para que invistam no desenvolvimento de programas que ajudem os jovens a se tornarem agentes de mudança em suas comunidades.
A Conferência Episcopal de Moçambique expressou seu apoio às palavras do Arcebispo, reiterando a importância de incluir a juventude nos processos de tomada de decisão e de desenvolvimento social, afirmando que são eles os verdadeiros arquitetos do futuro do país.
Convite para a missa jubilar
Além das comemorações do dia 25 de junho, o episcopado moçambicano convida todos os cidadãos a participarem da missa jubilar pela independência, que ocorrerá no próximo dia 29 de junho. Esta celebração será uma oportunidade adicional para refletir sobre a história do país e suas perspectivas futuras, unindo todos em um propósito comum de paz e progresso.
As festividades do Jubileu de Ouro marcam um momento de esperança renovada para os moçambicanos, com a expectativa de que a união e a solidariedade sejam a base para a construção de um país mais justo e igualitário nos próximos 50 anos. Assim, os habitantes de Moçambique olham para o futuro com fé e otimismo, prontos para enfrentar os desafios que ainda estão por vir.
Em cada oração, em cada celebração, os moçambicanos reafirmam seu compromisso com a paz, a justiça e o desenvolvimento, elementos essenciais para a continuidade da construção de uma nação sólida e livre.