Brasil, 25 de junho de 2025
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João Doria abandona gravação do SBT após pergunta considerada ofensiva

O ex-governador de São Paulo deixou o programa No Alvo após ser questionado sobre um suposto vídeo íntimo.

João Doria, ex-governador de São Paulo, causou surpresa ao abandonar a gravação do programa “No Alvo”, do SBT, na quarta-feira (25). O motivo da saída foi uma pergunta que ele considerou ofensiva e desrespeitosa. A atração, que terá estreia prevista para julho, promete entrevistas provocativas com figuras públicas, mas a abordagem utilizada acabou por desagradar Doria.

O desconforto na gravação

Durante os primeiros minutos de gravação, o ex-prefeito de São Paulo já apresentou sinais de desconforto. Em uma declaração à Folha de S.Paulo, Doria não hesitou em descrever a experiência como “o maior constrangimento pelo qual já passei na vida”. O empresário se referiu especificamente a uma pergunta sobre o vazamento de um suposto vídeo íntimo que teria circulado durante sua campanha em 2018.

“Esse programa é um Homem do Sapato Branco piorado ao décimo nível. Um horror”, afirmou Doria, ao criticar a linha editorial da atração. Na sua visão, questionar sobre sua esposa em um contexto como esse foi “bastante desrespeitoso e desleal”. Ele enfatizou que, se soubesse que seria submetido a um tipo de inquisição desse nível, jamais teria aceitado participar.

A reação de Doria

Ao sair da gravação, Doria relatou ter recebido desculpas da equipe do SBT, mas decidiu não retornar para concluir sua participação no programa. Ele colocou em dúvida a confiança que depositou na emissora: “Autorizei na confiança, assinei o documento, mas disse e repito: desautorizo que o SBT exiba o programa. Eu assinei em confiança, mas desautorizo”, afirmou, evidenciando seu descontentamento com a situação.

A política de conteúdo do SBT

Por sua vez, o SBT se manifestou a respeito do incidente. Em resposta às perguntas da imprensa, a emissora confirmou que Doria abandonou a gravação do “No Alvo” e declarou que o programa tem como proposta fazer perguntas provocativas e incisivas a seus convidados. Contudo, a emissora decidiu não fornecer detalhes adicionais sobre o que aconteceu durante a gravação.

Vale lembrar que a programa é inspirado no clássico “Advogado do Diabo”, exibido pela extinta TV Manchete entre 1983 e 1999. A proposta, assim como a sua antecessora, é de fomentar discussões acaloradas e instigar os participantes. Por esta razão, o formato pode gerar polêmicas, mas é um arriscado atrativo para o público que busca uma televisão menos convencional.

Reflexões sobre o programa e a política

A polêmica envolvendo João Doria ressalta um ponto importante sobre a comunicação e a imagem pública de figuras políticas no Brasil. O uso de abordagens agressivas em entrevistas tem se tornado comum, mas o limite do aceitável ainda é uma questão debatida. A reação de Doria e sua decisão de desautorizar a exibição do programa pode servir de alerta para produções televisivas que buscam chocar e provocar, mas precisam considerar os limites do respeito e da ética nas relações interpessoais.

Ademais, a figura de Doria, que já foi visto como um promissor candidato à presidência, agora se vê em uma posição complexa após este incidente. Sua saída abrupta e o descontentamento expresso podem impactar sua imagem e, possivelmente, suas futuras intenções políticas.

Com o lançamento do programa No Alvo se aproximando, as expectativas e a curiosidade do público em relação às dinâmicas do programa e ao estilo provocativo da produção só aumentam. Este caso serve também como um lembrete do delicado equilíbrio entre entretenimento e respeito na mídia, especialmente ao lidar com figuras públicas que, apesar de suas posições, também são seres humanos com suas fragilidades.

Assim, a repercussão deste incidente pode não apenas afetar a carreira de Doria, mas também levantar questionamentos sobre o tipo de conteúdo que se deseja promover na televisão brasileira.

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