Brasil, 25 de junho de 2025
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Governo aprova aumento da mistura de etanol na gasolina para 30%

Medida deverá reduzir importações, gerar empregos e diminuir em até R$ 0,13 o litro do combustível, contribuindo para a soberania energética

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta quarta-feira (17) o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, projeto que será implementado a partir de 1º de agosto. A decisão visa fortalecer a produção nacional de combustíveis e promover a redução de emissões de gases do efeito estufa.

Autossuficiência e benefícios econômicos no setor de energia

Presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o CNPE afirmou que a medida marca um momento histórico, voltando a colocar o Brasil na rota de autossuficiência na gasolina após 15 anos. “Este ato reforça a soberania energética do país, reduzindo a necessidade de importação do diesel e promovendo a produção de etanol,” destacou Silveira.

Segundo o ministério, a mudança evitará a importação de cerca de 760 milhões de litros de gasolina por ano, além de impulsionar a demanda por etanol em 1,5 bilhão de litros. Estima-se que o setor de energia receba investimentos superiores a R$ 10 bilhões, incluindo R$ 8,45 bilhões para expansão industrial e R$ 1,69 bilhão para modernização agrícola.

Impactos ambientais e técnicos da nova mistura de etanol

Testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) comprovaram a viabilidade técnica da fase de transição para a mistura de 30% de etanol na gasolina, sem alteração significativa no desempenho dos veículos. A legislação permite ampliar o limite do etanol na gasolina para até 35%, desde que haja comprovação técnica, o que reforça a segurança da medida.

Especialistas apontam que a nova mistura poderá reduzir em até R$ 0,13 o litro do combustível, contribuindo para o controle da inflação, além de diminuir em 3 milhões de toneladas a emissão anual de CO₂.

Medidas adicionais e impacto na cadeia produtiva

A revisão da resolução nº 807/2020 da Agência Nacional do Petróleo (ANP) elevará a octanagem mínima da gasolina de RON 93 para RON 94, ajustando o combustível às novas especificações. Quanto ao diesel, o percentual de biodiesel passará de 14% para 15% com a adoção do B15, que entrará em vigor no mesmo dia.

O aumento do biodiesel será sustentado pela produção recorde de soja — principal matéria-prima — e pela redução de custos do combustível renovável. A estratégia deve gerar mais de 4 mil empregos e movimentar R$ 5,2 bilhões em investimentos, além de beneficiar agricultores familiares com acrescento de R$ 600 milhões em renda.

Perspectivas futuras e impacto para o setor energético

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel avaliou positivamente a decisão, afirmando que ela reforça a segurança energética e alimentar do Brasil. Segundo o grupo, a medida também impulsiona a transição energética e estabiliza os preços na cadeia de produção de bens essenciais.

O governo estima que a nova mistura de etanol na gasolina aliviará a pressão sobre os preços do combustível, contribuindo para a diminuição dos custos de transporte e transporte de cargas. A expectativa é que a medida fortaleça o abastecimento interno, reduza a dependência de importações e aproxime o país de uma matriz energética mais sustentável.

Mais detalhes sobre a implementação e os impactos da medida podem ser acompanhados na fonte oficial do Globo.

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