Brasil, 25 de junho de 2025
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Ex-policial Rafael Pulgão é preso novamente por tráfico no Rio

Rafael Pulgão, ex-policial civil, teve sua prisão preventiva decretada por envolvimento com o tráfico de drogas na Zona Oeste do Rio.

A Justiça do Rio de Janeiro converteu em preventiva a prisão em flagrante de Rafael Luz Souza, mais conhecido como Rafael Pulgão, um ex-policial civil que foi detido na segunda-feira (23) na Barra da Tijuca. A prisão foi resultado de investigações que o vincularam a atividades de tráfico de drogas e conflitos com milícias na região.

A relação de Pulgão com o tráfico de drogas

Durante a audiência de custódia, o Ministério Público apresentou evidências que reforçam a conexão de Pulgão com o crime organizado, especificamente com um grupo criminoso conhecido como Tropa do RD, que atua como um braço de execução do Comando Vermelho (CV). Esse grupo é responsável por violentos confrontos em comunidades dominadas por milícias na Zona Oeste do Rio, tendo como foco operações em áreas como Campo Grande e Bangu.

De acordo com as investigações, Pulgão foi um dos líderes no esforço do CV para invadir a comunidade do Catiri, em Bangu. Essa região, já marcada por tiroteios e tentativas de invasão, está sob o controle de milicianos, complicando ainda mais a situação da segurança pública local.

A prisão e suas implicações

A prisão de Pulgão foi resultado de um pedido do Ministério Público, que envolveu diversas unidades da polícia, incluindo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Fatores apontados nas investigações incluem não apenas seu envolvimento no tráfico, mas também a ligação com um cenário de violência que tem assolado a região.

Junto com Pulgão, dois policiais militares foram detidos: um cabo do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas e um soldado do 40º BPM (Campo Grande), o que levanta questões ainda mais sérias sobre a corrupção e a infiltração do crime organizado dentro das forças de segurança.

O histórico criminal de Pulgão

Rafael Pulgão, que já havia sido condenado a 15 anos de prisão por chefiar uma milícia, saiu da cadeia em novembro de 2024, onde cumpria pena sob liberdade condicional. A liberdade concedida ocorreu apesar do seu histórico de envolvimento com o crime e violência, o que levanta questões sobre a eficácia do sistema judicial no monitoramento de ex-presidiários e suas atividades pós-libertação.

Em 2018, Pulgão havia sido preso após ser surpreendido por agentes da Corregedoria da Polícia Civil ao deixar uma boate na Barra da Tijuca, reforçando o círculo vicioso de atuação criminosa que o envolvia mesmo já sendo um agente da lei. Após essa primeira prisão, ele foi transferido para Bangu 1, um presídio de segurança máxima, e ficou lá até os desdobramentos que levaram à sua liberação.

A continuidade da violência na Zona Oeste

A situação na Zona Oeste do Rio continua crítica. O controle de áreas por milicianos e tráfico de drogas contribui para um ciclo incessante de violência, afetando diretamente a vida dos moradores. Os conflitos entre grupos criminosos, como os que envolvem o Comando Vermelho e facções rivais, são uma constante, levando a uma exposição cada vez maior da população a situações de risco.

Os desdobramentos da prisão de Pulgão podem trazer alguma esperança de que o sistema de justiça esteja atuando para desmantelar redes de crime organizado, mas a eficácia dessa ação ainda está por ser comprovada. Além disso, a presença de policiais militares envolvidos pode indicar a necessidade urgente de uma reavaliação dos protocolos de segurança e da integridade dentro das forças armadas.

Perspectivas futuras

Enquanto as autoridades tentam lidar com a complexidade do crime organizado nas comunidades do Rio, a sociedade civil se vê à mercê da violência. O envolvimento de ex-policiais em atividades criminosas lança dúvidas sobre a capacidade do sistema de justiça em controlar e reabilitar indivíduos que já estiveram no poder. A esperança é que, com a prisão de figuras como Pulgão, avanços significativos possam ser feitos para restaurar a paz e a segurança nas áreas mais afetadas.

A situação que se apresenta motiva discussões sobre a atuação do Estado e a necessidade de intervenções efetivas no combate ao crime organizado. Enquanto isso, os moradores da Zona Oeste continuarão a enfrentar a dura realidade da convivência com a violência e o tráfico de drogas, em busca de um futuro mais seguro.

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