Os Proud Boys, grupo de extrema-direita conhecido por suas ações violentas, manifestaram forte insatisfação com Donald Trump após os bombardeios realizados pelos Estados Unidos em instalações no Irã. A mensagem, publicada neste sábado em seu canal no Telegram, traz uma frase contundente: “Foda-se isso”.
Mudança de postura dos Proud Boys diante das ações de Trump
Na semana passada, o grupo sinalizou que não apoiaria uma intervenção militar direta dos EUA em conflito entre Israel e Irã, deixando claro que seu apoio ao ex-presidente Donald Trump estaria em risco se ele se envolvesse na crise. Segundo informações divulgadas pelo HuffPost, os Proud Boys haviam esperado que Trump não entrasse em uma guerra nessa região, sob pena de perder o apoio da organização.
Repercussões e declarações após os bombardeios
Após a conclusão dos ataques às instalações de Fordow, Natanz e Esfahan, a comunicação do grupo ficou carregada de hostilidades. Um post Telegram chegou a comparar a imagem de Trump na campanha eleitoral com uma foto sua como presidente, usando uma montagem que o retrata de forma negativa e insultante, refletindo o clima de decepção com a postura do ex-presidente.
Contexto político e relação com Trump
Até o último fim de semana, a relação entre Trump e os Proud Boys parecia sólida. Em maio, Tarrio, líder do grupo, chegou a jantar com Trump em Mar-a-Lago, onde ambos trocaram palavras de apoio. O encontro reforçou a ligação entre o ex-presidente e a extrema-direita radical, que considera Trump um aliado na luta contra o que chamam de “degradação moral” do país.
Controvérsias e apoio marginal
Os Proud Boys são conhecidos por sua ideologia machista, racista e homofóbica, defendendo um conceito de “western men” e rejeitando qualquer crítica à sua visão de mundo. O grupo foi protagonista de ataques violentos, incluindo a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, e conta com uma base de seguidores dispostos a apoiar Trump, apesar de suas recentes declarações conflitantes.
Implicações políticas e futuras tensões
O episódio marca uma fratura importante na relação entre uma parte do apoio de extrema-direita e o ex-presidente, especialmente diante de uma escalada de conflito na política internacional. Analistas avaliam que a insatisfação dos Proud Boys pode refletir uma mudança de alinhamento frente às políticas de Trump e à sua postura frente ao conflito no Oriente Médio.
O Escritório da Casa Branca ainda não se pronunciou oficialmente sobre as declarações do grupo. A narrativa revela um momento de instabilidade na relação entre movimentos extremistas e figuras políticas tradicionais, indicando possíveis repercussões na cena política americana.