Brasil, 25 de junho de 2025
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Déficit nas contas externas do Brasil sobe para US$ 2,9 bilhões em maio

O Brasil registrou um déficit de US$ 2,9 bilhões nas contas externas em maio, indicando maior saída de recursos do que entrada no país.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central (BC), o saldo negativo representa um aumento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de US$ 2,5 bilhões. Essas informações fazem parte do relatório de estatísticas do setor externo, que detalha as movimentações financeiras do país mês a mês.

Entenda as contas externas do Brasil

As contas externas, ou transações correntes, são um dos principais indicadores sobre o setor externo do Brasil. Elas refletem o balanço de pagamentos da compra e venda de mercadorias, balança de serviços e transferências unilaterais.

Um saldo negativo (déficit) nessas contas indica que o país enviou mais dinheiro ao exterior do que recebeu. Em contrapartida, um saldo positivo (superávit) mostra que o Brasil recebeu mais recursos do que transferiu para outros países.

Até maio de 2024, o saldo negativo somava quase US$ 56 bilhões, equivalente a 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB), evidenciando um gasto maior do país com o exterior.

Contexto mensal e histórico de transações

Para calcular as transações correntes, o Banco Central considera a balança comercial, os serviços e a movimentação de renda com outros países. No acumulado de 12 meses até maio, o déficit totalizou US$ 69,4 bilhões, bem acima do registrado em maio do ano passado, que foi de US$ 29,4 bilhões. Isso indica que o país continua gastando mais do que recebe do exterior.

Investimentos estrangeiros e reservas internacionais

Apesar do aumento do déficit, os investimentos estrangeiros no Brasil tiveram crescimento. Os investimentos diretos (IDP) somaram US$ 3,7 bilhões em maio de 2025, contra US$ 3 bilhões no mesmo período de 2024. O acumulado de 12 meses até maio chega a US$ 70,5 bilhões, equivalente a 3,31% do PIB.

O Banco Central informou ainda que as reservas internacionais do Brasil aumentaram US$ 670 milhões de abril para maio. Atualmente, o país possui um estoque de US$ 341,5 bilhões, o que reforça sua capacidade de resistência frente a crises externas. Segundo o relatório, as receitas de juros contribuíram para esse aumento, com um incremento de US$ 715 milhões.

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