Brasil, 25 de junho de 2025
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25 anos depois, assisto “Dude, Where’s My Car?” e minha mente fica completamente destruída

Após quase 25 anos, finalmente assisti ao clássico de comédia adolescente “Dude, Where’s My Car?” e minha reação foi um choque total.

No dia 15 de dezembro de 2000, o mundo foi presenteado com “Dude, Where’s My Car?”, uma comédia de humor pastelão estrelada por Ashton Kutcher e Seann William Scott. Aos sete anos na época, não pude entender o filme na estreia, mas agora, quase 25 anos depois, decidi assisti-lo enquanto está disponível na Hulu. Prepare-se, essa é uma experiência de destruição cerebral.

Primeiras impressões: um humor datado e confuso

Logo nos créditos iniciais, já fiquei perdido com efeitos de CGI lamentáveis e um humor fortemente influenciado pelos anos 2000. Como se trata de uma comédia de humoridão psicodélico, não era de se esperar um roteiro muito inteligente, mas a sensação de menos fidedignidade do que eu imaginava já se faz presente.

Confessando: se eu disfarçar que assisti ao filme inteiro, ninguém vai saber. A cena do amigo que volta para o armário achando que é seu quarto até que me deu uma risada, mas é questão de tempo até a loucura galopante dos roteiros sem sentido dominar tudo.

O filme parece uma mistura de “Odisseia” com “Ace Ventura” ou “Loucademia de Polícia” para maconheiros

Não acho que seja necessariamente “sem graça”, mas é absurdamente idiota. É como assistir um episódio prolongado de sitcom, com piadas repetitivas e humor trash. A primeira grande confusão acontece com o cachorro “Jackyl”, que protagoniza cenas de humor canino de nível questionável, mas que, de alguma forma, também têm seus momentos engraçados.

Humor datado, piadas repetidas e uma narrativa inconstante

O filme se apoia em piadas de cultura pop e referências que parecem mais um desperdício de recursos do que elementos que realmente criam alguma ligação com o público. As tentativas de humor transgressor, incluindo piadas transophobic e estereótipos raciais, tornam-se ainda mais difíceis de aceitar quase 25 anos depois.

A busca pelo carro desaparecido torna-se uma motivação fraca, parecendo mais uma desculpa para montar cenas ridículas do que uma história com alguma importância ou entretenimento consistente. Mesmo com o humor absurdo, dá para notar que as piadas de repetição e o roteiro fraco cansaram logo na metade do filme.

Cenários, cameos e surrealismo

O filme conta com algumas participações especiais que tentam desviar a atenção do enredo fraco. Jennifer Garner aparece, atuando bastante, enquanto cenas de alienígenas e uma narrativa cheia de elementos surrealistas tentam salvar o pouco de humor que ainda consegue sobreviver.

Outro ponto curioso são as piadas de apelo visual datado, como lhamas que lembram velociraptores, além de referências a cultura pop da época, como posters de alienígenas e objetos de arcade que parecem estar ali mais para montar a estética dos anos 2000 do que para fazer sentido na trama.

Um final frustrante e reflexão

Quando o filme parecia que ia acabar, a repetição de uma piada feita várias vezes ao longo de toda a projeção me fez querer desligar de vez. A sensação é de que o roteiro aceita seu inferno de humor vazio e se curva a ele, mesmo sabendo que perdeu totalmente o ritmo e o interesse.

Como crítica, posso dizer que “Dude, Where’s My Car?” tinha potencial, mas foi sabotado pelo próprio estilo, que aceita a idiotice como padrão. É importante notar que, além de clichês, o filme também apresenta estereótipos raciais e transphobia, o que prejudica ainda mais a experiência hoje em dia.

O que sobra de tudo isso?

Para quem busca um filme “mó zoeira” sem compromisso, ainda pode ser uma diversão nostálgica de trashagem pura. Mas, como obra cinematográfica, fica claro que dificilmente passaria por um lançamento em salas de cinema atualmente, por sua qualidade duvidosa e roteiro fraco.

Se você curte uma comédia idiota e não se importa com piadas repetitivas, “Dude, Where’s My Car?” pode ser seu entretenimento bizarro. Caso contrário, o filme é um belo exemplo de como uma ideia promissora – uma busca por um carro perdido – pode desabar na ignorância do humor barato.

Assistir a esse clássico dos anos 2000 foi, sem dúvida, uma experiência que destruiu minha mente, mas também me lembrou do quanto o tempo evolui as nossas perspectivas sobre o que é divertido ou ofensivo. E você, o que acha desse filme? Comente abaixo!

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