Uma equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou na segunda-feira (24) a restauração de três caças históricos da Segunda Guerra Mundial, que faziam parte do antigo museu da TAM, em São Carlos (SP). Os aviões serão exibidos na Labace, maior evento de aviação executiva da América Latina, em agosto, e posteriormente integrarão o novo museu aeroespacial na capital paulista.
Caças históricos ganham restauração e visibilidade
As aeronaves restauradas incluem a britânica Supermarine Spitfire, a americana Vought F4U Corsair e o Messerschmitt Bf 109, principal caça alemão utilizado durante o conflito. Além dessas, cerca de 40 aviões do acervo da TAM estão armazenados e devem passar por processos de restauração, segundo a FAB.
O Museu Asas de um Sonho, inaugurado em um hangar de São Carlos e ativo por cerca de dez anos, foi fechado em 2016 após o anúncio da fusão entre a TAM e a chilena Lan, que originou a Latam. Agora, parte do acervo será exibida na Labace e em um futuro museu que deve abrir as portas em aproximadamente três anos no Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo.
Parceria para preservação e expansão do acervo
O empresário Marcos Amaro, CEO da Amaro Aviation e filho de Rolim Amaro, fundador da TAM Linhas Aéreas, assumiu o acervo em abril do ano passado e levou parte dele para o espaço cultural que mantém em Itu. Junto à FAB, ele prepara a organização do novo museu aeroespacial, com vigência inicial de cinco anos por meio de um contrato de comodato, que prevê o empréstimo gratuito das aeronaves para a preservação do patrimônio aeronáutico nacional.
Segundo Amaro, o novo museu será construído em parceria com o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura, com previsão de funcionamento dentro de três anos. Ele destaca que há planos de criar uma exposição itinerante, possibilitando recorrer a diferentes regiões do Brasil com as aeronaves históricas.
Impacto cultural e histórico
O acervo do antigo museu da TAM inclui aproximadamente 40 aeronaves, muitas das quais estão inativas. A meta é restaurar algumas para que possam voltar a voar, além de incorporar outras 60 aeronaves do Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro (Musal). Entre as peças, destaque para um Bf 109, localizado dentro de um lago congelado após ser abatido na guerra, décadas atrás.
O projeto também prevê a instalação de infraestrutura para receber visitantes de avião e realizar shows aéreos com modelos históricos, contribuindo para a valorização do patrimônio aeronáutico brasileiro e promovendo a educação e o turismo
O brigadeiro Luiz Cláudio Macedo Santos, da FAB, reforça que a intenção é que algumas dessas aeronaves recuperem a condição de voo, acrescentando ainda uma dimensão de espetáculo e educação ao novo espaço cultural.
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