Brasil, 27 de junho de 2025
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Proud Boys rebatem Trump após ataque ao Irã e sinalizam pânico da direita

Proud Boys e outros grupos de extrema-direita mostram desacordo com Trump após ataques dos EUA ao Irã, indicando crise no MAGA e na direita radical.


Proud Boys rebatem Trump após ataque ao Irã e sinalizam pânico da direita


Neste final de semana, os Estados Unidos realizaram ataques a instalações de enriquecimento de urânio no Irã, elevando o risco de uma nova guerra no Oriente Médio. Após esses acontecimentos, membros da extrema-direita, incluindo o grupo Proud Boys, manifestaram publicamente sua insatisfação com Donald Trump, que até então era apoiado por eles como líder máximo do movimento MAGA.

Proud Boys e a mudança de postura diante do Trump e do conflito no Irã

Se há uma semana os Proud Boys sinalizavam apoio explícito ao ex-presidente Trump, agora o grupo adotou uma postura de distanciamento e frustração, chegando a usar uma mensagem controversa em seu canal no Telegram: “Foda-se isso”, um forte sinal de seu descontentamento com a possível participação dos EUA em um conflito envolvendo Israel e Irã.

Segundo uma fonte do canal [https://t.me/ProudBoysUSAunrestricted/142], essa mudança reflete o sentimento de que o grupo não assinou um pacto para uma “guerra por Israel”, gesto que parece ter provocado reações de repúdio por parte dos apoiadores mais radicais de Trump.

Rompimento de apoiadores históricos de Trump após o alinhamento com a guerra

Os Proud Boys, que participaram da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, sempre apoiaram Trump, inclusive com o perdão de membros do grupo e aliados condenados por sua participação na manifestação extremista. Henry “Enrique” Tarrio, líder do grupo e condenado por seu papel na data, foi um dos beneficiados pelo perdão de Trump, o que reforçou uma relação de apoio.

Contudo, após o bombardeio às instalações iranianas Fordow, Natanz e Esfahan, o grupo virou contra Trump, utilizando imagens que zombam do ex-presidente e expressando opiniões de indignação com sua postura em relação ao conflito. Em Mensagens no Telegram, chegaram a comparar Trump na campanha eleitoral com uma imagem dele como presidente, agora ridicularizada com comentários depreciativos, refletindo uma crise de apoio entre os extremistas que antes apoiavam o ex-presidente.

Contexto e os efeitos na relação entre o movimento e Trump

Antes do conflito, a relação entre Trump e grupos de direita radical parecia sólida. Em maio, Tarrio foi até Mar-a-Lago, onde foi recebido por Trump durante um jantar, reforçando uma parceria que parecia inabalável. Entretanto, as ações de Trump na política externa, especialmente sua postura de apoio à guerra, parecem ter abalado essa aliança.

Analistas apontam que o movimento extremista está passando por uma fase de instabilidade, com sinais claros de que a direita radical está se dividindo em relação ao seu antigo ídolo e instigando uma crise de apoio ao ex-presidente, que vê sua influência diminuir na base mais radicalizada.

Repercussões e o futuro do apoio à Trump

Até o momento, o governo dos EUA não respondeu às manifestações públicas do Proud Boys, mas a mudança de tom indica possíveis reações de grupos ultraconservadores à crescente escalada de tensões no Oriente Médio e ao mesmo tempo ao sentimento de traição ou decepção com Trump.

Especialistas dizem que essa conversão dos apoiadores mais radicais pode refletir uma crise mais ampla dentro da direita americana, que passa a questionar as estratégias externas do ex-presidente e sua liderança de forma geral.


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