Brasil, 24 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Operação cabo de guerra combate sinal clandestino no Rio

Polícia do RJ realiza operação para desarticular tráfico de internet em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início nesta terça-feira, 24, a uma operação de combate ao tráfico de serviços de internet e televisão clandestinos, conhecidos como “gatonet”. A ação, batizada de ‘Cabo de Guerra’, visa desarticular um esquema criminoso que atua em comunidades sob domínio da facção Comando Vermelho (CV). O foco principal da operação são áreas como o Complexo do Alemão, além de localidades em Duque de Caxias, São Gonçalo e Cabo Frio. A intenção é cumprir 15 mandados de busca e apreensão para interromper a violação dos direitos dos cidadãos e desmontar uma estrutura que inclui desde ameaças até destruição de equipamentos rivais.

A repressão ao crime organizado de telecomunicações

De acordo com as investigações, os provedores clandestinos, em conluio com a facção criminosa, utilizavam métodos violentos para impor seus serviços. Vale destacar que essas práticas não se limitavam apenas à espionagem e destinação forçada dos serviços; incluíam também a sabotagem das redes de concorrentes, além de ameaças direcionadas a moradores e comerciantes locais. A utilização de equipamentos furtados e veículos descaracterizados foi uma estratégia adotada pelos envolvidos para dificultar sua identificação pelos órgãos de segurança.

A chegada das forças policiais

Quando os agentes da Polícia Civil chegaram ao Complexo do Alemão, foram recebidos com uma intensa troca de tiros, evidenciando a resistência da organização criminosa. Mesmo assim, a operação conseguiu cumprir seu objetivo inicial, que era atentar contra a estrutura do tráfico de serviços de internet. A complexidade do caso é reforçada por informações que indicam que os envolvidos, cujos nomes constam nas investigações, estão vinculados a empresas como ‘Inovanet Telecom’, ‘Networking Telecom’ e ‘S1 Telecom’, todas indicadas como pantomimas para o esquema ilícito.

Práticas criminosas conhecidas

No decorrer da investigação, a Polícia Civil flagrou ações que demonstravam a tentativa de coação sobre empresas que operam legalmente. Em Jardim Primavera, por exemplo, operários foram vistos destruindo cabos de fibra óptica de provedores rivais, num claro ato de sabotagem. Já na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, outra empresa foi flagrada retirando à força a infraestrutura de concorrentes. A presença de um veículo da facção circulando de forma irregular nas vizinhanças destas ações também foi registrada, uma estratégia comum para garantir a dominação territorial.

Estratégias de ocultação

Enquanto as operações avançavam, diversos materiais de evidência começaram a ser coletados pelos policiais. Num dos pontos verificados, a polícia encontrou um depósito que armazenava equipamentos de rede que, segundo investigações, foram obtidos de forma criminosa. Além de equipamentos de comunicação, havia também peças automotivas de origem suspeita. A prática de adquirir veículos em leilões de seguradoras é uma tentativa de dificultar a localização e rastreamento dos bens utilizados nas atividades ilícitas. Essa rede organizada operava com uma divisão clara de tarefas, desde a execução de ações violentas até a gestão logística das operações de sabotagem.

Consequências legais e a luta contínua contra o crime

A profundidade da investigação sugere que a estrutura desarticulada pela operação ‘Cabo de Guerra’ não é apenas uma questão isolada, mas sim é parte de um conjunto maior de atividades que se configuram como uma organização criminosa. Isso implica em crimes variados, que vão desde a interrupção de serviços essenciais de telecomunicações até a receptação e lavagem de dinheiro, colocando em risco a segurança e o bem-estar dos cidadãos nas comunidades afetadas.

O desafio, agora, é que as forças de segurança continuem suas ações em consonância com a lei, buscando não apenas prender os responsáveis, mas também criar um ambiente em que os cidadãos possam sentir-se seguros e livres de ameaças violentas associadas ao tráfico de serviços não autorizados. O caso evidencia a necessidade urgente de uma abordagem abrangente para combater a criminalidade organizada, preservando a segurança e dignidade da população.

Essas ações da polícia são apenas o começo de uma longa e desafiadora jornada na luta contra a exploração e dominação violenta nas comunidades. É fundamental que a sociedade e as autoridades se unam em um esforço contínuo para erradicar essas práticas ilegais e garantir que todos os cidadãos tenham acesso a serviços legítimos sem coerções.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes