Brasil, 25 de junho de 2025
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Flamengo conquista corações até nos EUA durante Mundial

A jornada do Flamengo nos Estados Unidos traz alegria e emoção aos torcedores, mesmo longe de casa.

Na última semana, enquanto atravessava a costa leste dos Estados Unidos, percebi que James Joyce, um grande ícone da literatura irlandesa, poderia ter desafiado os torcedores rubro-negros com uma nova proposta: tentar cruzar o país sem se deparar com uma camisa do Flamengo. O time carioca, que é um verdadeiro fenômeno no cenário do futebol mundial, conseguiu ressoar fortemente entre os brasileiros e deixou uma marca significativa na terra do Tio Sam.

A alegria do Flamengo ressoa em novas terras

Após a vitória do Flamengo no Mundial de Clubes, a empolgação tomou conta dos torcedores que se espalharam pela Filadélfia e outras cidades do país. Os rubro-negros, orgulhosos do desempenho do time, transformaram a atmosfera ao redor deles, onde quer que estivessem. Na estação de trem, encontrei um quarteto de flamenguistas que, apesar de terem perdido o voo para Orlando, estava radiante. Eles enfatizavam a alegria de serem torcedores do Flamengo, celebrando a vitória sobre um adversário de peso como o Chelsea.

“Moro na América e estava tudo certinho, voo, datas, oitavas pertinho de casa… O Flamengo me ferrou bonito, graças a Deus!” comentou um deles, enquanto procurava novas passagens de trem para se reunir com o time. A paixão pelo clube é tal que o desespero por voos perdidos é rapidamente compensado pela camaradagem entre os torcedores.

Experiências distintas entre torcedores nos EUA

Em Orlando, a cena se repete, mas com nuances diferentes. Os torcedores do Flamengo se dividem em dois grupos: os que aproveitam os parques com a família e buscam adrenalina nas montanhas-russas, e aqueles que preferem relaxar e acompanhar os jogos à distância, enquanto saboreiam a bem-vinda economia em terra estrangeira. Independentemente da abordagem, o que importa é que as camisas do Flamengo estão presentes em todos os cantos, especialmente nos bares onde os torcedores se reúnem para viver a emoção do futebol.

“A expectativa é alta! O Flamengo começou o torneio com apenas 0,3% de chances de ser campeão, mas acho que já pulamos para 0,9%!”, compartilhei com outros torcedores que se preparavam para a nova fase do campeonato. Esses momentos de camaradagem e as risadas costumam criar um laço forte entre os fãs que se encontram longe de casa, reforçando a cultura do Flamengo, que vai muito além das quatro linhas.

Expectativas e realidades emocionais

À medida que o torneio avança, o clima de ansiedade e esperança se intensifica. Se o Flamengo chegar às quartas de final, muitos já consideram essa uma grande conquista. “Se pararmos na semifinal, é papo de fazer uma recepção triunfal. Agora, se cairmos na final, aí a coisa vai ser tensa!”, comentou um dos torcedores, divertindo-se com a possibilidade de um desfecho dramático, próprio da saga do Flamengo.

Embora todos queiram ver o time brilhando e levantando mais um troféu, é a experiência humana que mais importa: os encontros, as risadas e, claro, a inevitável paixão que flui entre cada rubro-negro. Em meio a perdas e desafios, a união e a euforia são inabaláveis.

Um adeus à James Joyce

Me preparando para encerrar esta crônica, senti que a jornada não é apenas sobre futebol, mas sobre as relações e emoções que o cercam. As mensagens de amigos de bar foram um lembrete instantâneo de que a verdadeira celebração acontece fora dos estádios e nos entraçados da vida cotidiana. “É hora de ler James Joyce”, escrevi para meus colegas flamenguistas, sabendo que a literatura e o futebol sempre andam juntos na vida do torcedor.

*Marcelo Dunlop é o cronista rubro-negro da ‘On Tour’, coluna do GLOBO que mostra a visão dos torcedores brasileiros nos EUA durante a Copa do Mundo de Clubes.

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