Brasil, 24 de junho de 2025
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Desafios da pobreza e seu impacto na paz internacional

A Santa Sé alerta para os efeitos da pobreza nas relações internacionais e propõe soluções durante debate na ONU.

Eliminar a pobreza continua sendo um grande desafio e um requisito fundamental para o desenvolvimento sustentável. A preocupação recai sobre os recursos significativos que deixam de ser investidos em setores essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Durante um debate no Conselho de Segurança da ONU, a Santa Sé destacou que a intersecção entre pobreza, subdesenvolvimento e conflitos demanda uma abordagem holística para promover a paz e segurança internacionais.

Realidades interconectadas

Existem realidades que frequentemente se alimentam mutuamente e que impõem sérios obstáculos à manutenção da paz e da segurança internacionais: a pobreza, o subdesenvolvimento e os conflitos. Esses desafios interconectados devem ser enfrentados em suas causas mais profundas para oferecer às novas gerações um desenvolvimento integral e uma paz duradoura. A Santa Sé, que participou na segunda-feira, 23 de junho, em Nova York, do debate do Conselho de Segurança da ONU intitulado Pobreza, Subdesenvolvimento e Conflito: Implicações para a Manutenção da Paz e da Segurança Internacionais, observou que, na Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, a comunidade internacional reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões é “o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável”.

A responsabilidade moral da comunidade internacional

No contexto da sua declaração, a Santa Sé enfatiza o compromisso comum de enfrentar as causas profundas da pobreza, que frequentemente estão associadas à injustiça, à exclusão e à negação dos direitos fundamentais. Esse compromisso moral é necessário para criar as condições que permitirão o desenvolvimento humano integral, que, conforme mencionado pelo Papa Paulo VI em 1967, pode ser visto como o novo nome da paz. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja também ressalta que “a paz não é simplesmente a ausência da guerra”, mas sim a promoção ativa da fraternidade humana, da cooperação e da prosperidade para todos.

Prioridades de investimento e gastos militares

A preocupação com o aumento dos gastos militares foi abordada de forma incisiva. A Santa Sé expressou sua preocupação de que esses gastos desviam recursos significativos dos investimentos em setores essenciais para o desenvolvimento, como saúde, educação e infraestrutura. Nesse contexto, foi renovada a proposta de criação de um fundo global, financiado, em parte, pela redistribuição dos recursos atualmente destinados ao armamento. O objetivo é que esse fundo contribua de forma significativa para a erradicação da pobreza e da fome, promovendo o desenvolvimento nas regiões mais desfavorecidas do mundo.

Um caminho mais justo e sustentável para a paz

A criação de um fundo global não apenas ajudaria a mitigar a pobreza, mas também favoreceria um caminho mais justo e sustentável rumo à paz, promovendo a dignidade humana. A Santa Sé enfatizou que uma paz duradoura exige um compromisso inabalável com o desenvolvimento humano integral. Esse desenvolvimento deve sustentar a dignidade conferida por Deus a cada ser humano e promover as condições necessárias para a justiça, a solidariedade e o bem-estar de todos.

Perspectivas para o futuro

A Santa Sé concluiu sua declaração reiterando a importância de colocar o desenvolvimento humano integral no centro da revisão em curso da arquitetura de construção da paz. A promoção de uma cooperação reforçada entre os estados-membros ao serviço da paz é essencial para que se alcancem os objetivos propostos. Ao repensar as prioridades no âmbito internacional, a comunidade global é chamada a um compromisso articulado que priorize o ser humano em todas as suas dimensões.

Com isso, fica claro que o desenvolvimento humano e a erradicação da pobreza não são apenas questões de política externa, mas preocupações centrais para a construção de um futuro mais justo e pacífico. É imperativo que a comunidade internacional se una para enfrentar esses desafios interligados e garantir um mundo melhor para as próximas gerações.

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