Brasil, 24 de junho de 2025
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Centenário dos missionários da Consolata é celebrado em Moçambique

Evento marca 100 anos de evangelização com Missa no Santuário de Massangulo.

No último domingo (22/06), o Santuário de Massangulo foi o cenário da celebração do centenário da presença dos Missionários da Consolata em Moçambique. A Missa solene, presidida pelo Arcebispo de Nampula, Dom Inácio Saúre, reuniu fiéis de diversas partes do país e contou com intervenções significativas de representantes do governo e dos próprios missionários, que reafirmaram seu compromisso com a evangelização para o segundo século de missão.

A importância da celebração do Jubileu

A festa religiosa foi marcada por sentimentos de fé, memória e renovação missionária, destacando a presença dos Missionários da Consolata, que ao longo de 100 anos têm contribuído para a formação espiritual e social das comunidades locais. A Missa foi concelebrada por vários bispos e sacerdotes das dioceses moçambicanas, entre eles Dom Osório Citora Afonso, Bispo Auxiliar de Maputo, e Dom Atanásio Canira, Bispo local da Diocese de Lichinga, onde se localiza o santuário.

O Secretário de Estado na Província do Niassa, Silva Livone, enfatizou a relevância da ação evangelizadora dos missionários ao longo do século, reconhecendo o papel das confissões religiosas na promoção de valores éticos e na transformação das comunidades. “Este centenário é um sinal de esperança renovada,” afirmou Livone, ressaltando a necessidade de apoio das instituições governamentais às ações da Igreja.

Chamado à justiça social

Durante a homilia, Dom Inácio fez um apelo à solidariedade e à consolação dos mais pobres e esquecidos, criticando a idolatria do poder e a corrupção que aprofundam a miséria social em Moçambique. “77% das nossas crianças vivem em pobreza extrema. Não podemos permanecermos indiferentes a isso,” alertou o arcebispo, destacando que o mandato divino aos missionários é de consolar o povo.

Portanto, ele fez um apelo à união e à responsabilidade social dos presentes. O discurso do Pe. Cassiano Calima, Superior dos Missionários da Consolata para Moçambique e Angola, trouxe um tom emocional à celebração. Ele recordou a dedicação dos primeiros missionários que, com sua entrega, amaram a terra e o povo moçambicano, citando que alguns até deram a vida pela missão.

Frutos da missão

Pe. Calima também fez referência ao trabalho realizado ao longo do século, que resultou em diversos frutos visíveis, como a formação de líderes comunitários, a construção de igrejas e obras sociais. “A semente lançada tornou-se árvore. Entre os frutos contam-se homens e mulheres formados, estruturas de culto e muitas ações de apoio social em várias dioceses do país,” enfatizou.

O surgimento de uma geração autóctone consolatina foi marcado por avanços significativos: quatro bispos missionários da Consolata, incluindo dois moçambicanos, e 39 missionários moçambicanos que servem, atualmente, em diversas partes do mundo.

Um olhar para o futuro

Ao final da celebração, o chamado para o futuro da missão foi reforçado com palavras inspiradoras de São Paulo: “Não estejais inquietos por coisa alguma, mas levai tudo diante de Deus com oração e ação de graças.” O clima de celebração se intensificou com cânticos tradicionais, danças e orações, refletindo a unidade entre povos, missionários e representantes da Igreja e do Estado.

A Virgem Consolata foi invocada como Mãe e Protetora desta missão centenária, que permanece viva, vibrante e profética no coração do povo moçambicano. O evento não apenas marcou um importante aniversário, mas também pavimentou o caminho para os desafios missionários que se apresentam no segundo século de presença da Consolata em Moçambique.

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Para mais detalhes sobre a celebração, acesse o link da fonte.

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