Brasil, 24 de junho de 2025
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Cardeal Pizzaballa destaca atuação silenciosa da Igreja no Santo Sepulcro

Cardeal Pierbattista Pizzaballa reforça a presença ativa da Igreja na Terra Santa durante momentos de crise e violência regional

O cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, afirmou à ACI MENA que a Igreja Católica na Palestina realiza uma série de iniciativas importantes, muitas das quais passam despercebidas. Em entrevista exclusiva, ele ressaltou que a Igreja busca permanecer mais ativa do que parece, especialmente em um momento de aumento da violência entre Irã e Israel.

Atividades discretas, impacto forte

Segundo Pizzaballa, a Igreja trabalha de forma reservada para dar mais efetividade às suas ações. “Muitas das nossas ações acontecem longe dos holofotes para que possam realmente fazer diferença na vida das comunidades”, afirmou o cardeal. Ele destacou que o esforço da Igreja vai além do visível, envolvendo ações de assistência social, apoio às famílias e trabalho humanitário.

Abertura e conexão com todos

O patriarca destacou ainda a importância da abertura da Igreja. “Ela precisa ser acessível a todos, uma ponte de ligação. Nossa missão é facilitar o contato e a comunicação com diferentes comunidades e indivíduos”, comentou. Assim, a Igreja busca permanecer próxima das pessoas, sobretudo em tempos de escalada de violência na região.

Peleja por esperança em meio ao conflito

Ao abordar o delicado cenário político e militar, o cardeal enviou uma mensagem direta aos líderes: “O caminho não está na força ou na guerra, mas na construção de esperança e na realização de sonhos de um futuro melhor”. Ele criticou ações militares e destacou que a violência destrói relações humanas, territórios e sonhos de paz.

Perda de atenção diante de crises globais

Com a intensificação das tensões, Pizzaballa alertou para o risco de a dor na Terra Santa ser esquecida. “O sofrimento nos Gaza e na Cisjordânia corre o risco de ficar em segundo plano diante de crises maiores que ocorrem pelo mundo”, afirmou. Ele lembrou que o Papa Francisco afirmou recentemente que a guerra está distraindo o mundo da tragédia que acontece nesses territórios.

Desafios diários para comunidades cristãs

O patriarca revelou que as famílias cristãs enfrentam obstáculos cada vez maiores para chegar às suas igrejas, devido aos postos de controle militares e às frequentes fechaduras das estradas. “Tudo isso impede a pastoral e torna quase impossível a vida comunitária”, lamentou. Ele também lamentou a suspensão de iniciativas, como o envio de jovens a Roma para o Jubileu, devido às restrições.

Esforços humanitários no campo de batalha

Apesar das dificuldades, Pizzaballa ressaltou que a Igreja mantém seu trabalho humanitário vivo na Cisjordânia e em Gaza. “Criamos centenas de empregos, distribuímos alimentos e ajudamos os mais necessitados”, disse. “Nos esforçamos para chegar às pessoas, mesmo em Gaza, levando o que é essencial, apesar das dificuldades logísticas.”

O peso da responsabilidade pastoral

Questionado sobre sua rotina diante do conflito, o cardeal confessou sentir-se muitas vezes impotente. “Queria fazer mais – escrever, visitar, estar presente –, mas nem tudo é possível”, declarou. Ele reforçou que a prioridade é apoiar a comunidade cristã de Gaza, que se tornou símbolo da perseverança dos fiéis na região.

Unidade e esperança na divisão

Pizzaballa destacou a importância de manter a unidade da Igreja e dos fiéis, apesar das divisões geográficas e das barreiras. “Sem união, o sentimento de pertença se perde”, afirmou. “A nossa força está na solidariedade e na lembrança de que todos fazem parte de uma mesma comunidade de fé.”

Para mais detalhes, acesse a fonte original. Este conteúdo foi traduzido e adaptado pela CNA, refletindo o compromisso da Igreja com a paz e a esperança na Terra Santa.

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