Em 2025, ano que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, a Conferência Episcopal do Japão destacou a necessidade de abolir as armas nucleares, reafirmando seu compromisso em promover a paz e lembrar as vítimas do Hiroshima e Nagasaki.
O apelo dos bispos japoneses contra as armas nucleares
Os bispos do Japão, país devastado pelos bombardeios atômicos em 1945, escreveram uma declaração em 20 de junho reforçando o desejo pela abolição total dessas armas. Segundo eles, essa data simboliza uma lembrança dolorosa e um compromisso com a paz mundial. “Carregamos no coração a história e o sofrimento dos sobreviventes”, afirmam os bispos na declaração.
Hiroshima e Nagasaki foram os dois locais atingidos pelos primeiros ataques nucleares usados em guerra. Assim, os bispos destacam a importância de transmitir ao mundo os horrores dessas bombas e a necessidade de evitar que tragédias semelhantes se repitam.
Compromisso com a paz e o desarmamento nuclear
Na “Declaração de 2025 pelo Abolimento das Armas Nucleares”, os bispos japoneses prometeram divulgar a realidade desses bombardeios e lutar contra a indiferença internacional frente às consequências humanas e ambientais das explosões. Eles também destacam a importância de solidarizar-se com movimentos globais pelo desarmamento nuclear.
Contexto internacional e tensões atuais
A declaração acontece em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, especialmente após os ataques militares dos Estados Unidos nações vizinhas ao Irã. Recentemente, os EUA realizaram ataques em instalações nucleares iranianas, elevando o risco de escalada militar e aumentando o debate sobre armas de destruição em massa.
“A existência de armas nucleares é uma ameaça grave à vida de todos, pois compromete a dignidade humana e a criação de Deus, que é muito boa”, reforçaram os bispos, criticando também a estratégia de dissuasão nuclear. Para eles, essa tática não traz segurança real, apenas aumenta o perigo de um conflito nuclear.
Impactos ambientais e morais
Os bispos destacaram ainda os efeitos duradouros das bombas de Hiroshima e Nagasaki, que continuam a afetar sobreviventes e a causar danos ambientais de longo prazo. Eles reforçam que a destruição causada por essas explosões prejudica ecossistemas globais e compromete o progresso sustentável.
Por isso, afirmam que o uso de armas nucleares como forma de intimidação não deve ser tolerado sob normas internacionais e legais. “Queremos uma paz baseada no diálogo e no respeito à vida humana”, concluem os bispos, reforçando a urgência do desarmamento global.
Perspectivas para o futuro
Os representantes religiosos continuam na luta por conscientizar a comunidade internacional. A esperança é que, com o esforço conjunto, seja possível eliminar as armas nucleares e garantir uma convivência de paz, dignidade e solidariedade entre todas as nações.