Brasil, 24 de junho de 2025
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10 passos urgentes para ação global pelos oceanos

Após a Conferência das Nações Unidas, é preciso ampliar participação e implementar ações concretas para proteger os oceanos

A recente Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, realizada em Nice, França, trouxe avanços em compromissos para enfrentar ameaças ao mar, mas a verdadeira transformação depende da implementação de ações rápidas e concretas. Segundo Peter Thomson, Enviado Especial da ONU, “não é o que acontece na conferência, mas o que acontece depois” que determina o sucesso das iniciativas.

Passos essenciais para a conservação oceânica

Fortalecer a gestão das pescarias nos Estados Unidos

Uma das ações prioritárias é acabar com a pesca predatória de pequenos peixes, como o trado de redução industrial e o arrasto de fundo para peixes forrageiros, que desestabilizam o ecossistema marinho. A gestão sustentável dessas espécies é fundamental para a resiliência do setor pesqueiro e a manutenção da cadeia alimentar oceânica.

Resolver a crise do rio Tijuana

Bilhões de galões de esgoto e resíduos industriais da fronteira México-EUA continuam contaminando águas na Califórnia, afetando ecossistemas e saúde pública. Soluções técnicas, como a instalação de comportas de controle e fiscalização mais rigorosa, já estão disponíveis e aguardam implementação com vontade política diferenciada.

Favorecer a responsabilização por poluição oceânica

O princípio de que “a diluição resolve a poluição” não funciona mais. É necessário estabelecer regras claras, transparência na divulgação de quem está descartando resíduos e aplicar o princípio do “poluidor-pagador”. Assim, quem causa dano ao meio ambiente terá que arcar com os custos, incentivando práticas mais limpas.

O papel do setor privado e da sociedade

Além do esforço governamental, grandes empresas e startups podem contribuir com soluções inovadoras, como apoios financeiros e alianças público-privadas. Organizações como o Friends of Ocean Action e a coalizão 1000 Ocean Startups demonstram que a combinação de esforços pode gerar impacto real na economia azul e na recuperação dos ecossistemas marinhos.

Iniciativas de financiamento e inovação

Na cúpula de Monaco, investidores comprometeram US$ 10 bilhões em “finanças azuis” para impulsionar negócios sustentáveis no oceano. A rede global de startups já arrecadou mais de US$ 4 bilhões e trabalha em projetos inovadores de cultivo de algas, filtração de microplásticos e transporte com energia renovável.

Perspectivas para o futuro

Se cada setor atuar com foco em resultados palpáveis, a recuperação dos oceanos pode avançar até a próxima Conferência das Nações Unidas, marcada para 2028. É fundamental transformar compromissos em ações concretas, envolvendo governos, empresas e sociedade civil, para garantir a saúde do planeta e o bem-estar de todas as formas de vida marinha.

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