O ex-presidente Donald Trump afirmou, neste domingo (23), que a “mudança de regime” na Iran pode ser necessária para “fazer a Irã grande novamente”, após os Estados Unidos realizarem ataques a três instalações nucleares iranianas. Ele usou a rede social Truth Social para comentar o episódio, gerando questionamentos sobre os objetivos finais da intervenção militar americana na região.
Resposta oficial dos EUA após ataque na Iran
Embora Trump tenha sugerido a possibilidade de uma mudança de governo, membros do governo Biden ressaltaram que a missão tinha como foco neutralizar o programa nuclear iraniano, não derrubar o atual regime. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou: “A operação foi para proteger interesses dos EUA e de Israel, e não para promover uma mudança de regime.”
Já o vice-presidente J.D. Vance afirmou em entrevista à NBC que os Estados Unidos não querem uma guerra com a Iran e que o objetivo é apenas desmilitarizar o programa nuclear do país. “Acredito que essa ação pode facilitar o reinício das negociações entre Irã e Estados Unidos, que estavam em andamento antes do ataque de Israel à Iran”, declarou Vance.
Polêmicas sobre ‘regime change’
Trump também disse que a terminologia “mudança de regime” não é politicamente correta, mas questionou: “Se o regime atual não consegue fazer a Irã ser grande novamente, por que não haveria mudança de governo?”
Além disso, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, acusou Israel e Estados Unidos de terem “decidido acabar com a diplomacia” com seus ataques. Em resposta, o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que os Estados Unidos não pretendem promover uma mudança de regime na Iran e que o foco é garantir a segurança do país.
Perspectivas futuras
Analistas avaliam que a ação dos EUA pode alterar o cenário diplomático, mas que a intenção oficial permanece na contenção do programa nuclear e na manutenção da estabilidade regional. A história de intervenções anteriores no Oriente Médio, contudo, reforça a complexidade do contexto.
As próximas semanas deverão indicar se esse ataque será um ponto de inflexão nas negociações ou uma escalada do conflito na região.