Brasil, 23 de junho de 2025
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Semana cheia de indicadores: inflação, emprego e decisão do Copom

Dados econômicos, a ata do Copom e o cenário internacional vão guiar os próximos movimentos do mercado

A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, ao detalhar as razões da elevação da Selic para 15%, marca o início de uma semana de análise de diversos indicadores econômicos importantes. Entre eles, destaca-se o IPCA-15, o Relatório de Política Monetária do Banco Central e dados de emprego, setor externo e inflação.

Perspectivas para a inflação e o mercado de trabalho

O mercado aguarda a divulgação do IPCA-15, cuja mediana das expectativas aponta uma alta de 0,30%, indicando desaceleração frente aos 0,36% de maio. Além disso, o relatório orientará as expectativas de inflação, que tem desacelerado lentamente, mesmo com pressões internacionais e domésticas.

Na análise do mercado de trabalho, os dados preliminares indicam que o saldo de empregos formais deve ficar em torno de 170 mil, menor que os 251 mil de abril. Apesar disso, o setor demonstra resiliência, com uma taxa de desemprego estimada em 6,4%, segundo a pesquisa Pnad.

Decisão do Copom e riscos internacionais

A ata do Copom, que será publicada nesta semana, deverá apresentar uma postura mais dura diante do cenário de inflação elevada e juros em 15%. Economistas esperam um tom sinalizando cautela e atenção aos riscos futuros.

Além do cenário interno, o mercado acompanha de perto os indicadores econômicos dos Estados Unidos, incluindo o PIB, que deve crescer próximo de 1,4%, e o índice de preços PCE, que refletirá os efeitos da subida de juros nos EUA. Segundo Enrico Cozzolino, head de análise da Levante Ideias de Investimentos, “será importante observar a dose do crescimento americano e possíveis sinais de arrefecimento da inflação”, afirmou.

Agenda de indicadores na semana

  • Ata do Copom
  • Sondagem do comércio e da indústria pelo FGV Ibre
  • Dados de emprego: saldo do Caged e pesquisa Pnad
  • Dados do setor externo, com destaque para a balança comercial e o estoque de petróleo nos EUA
  • Relatório de política monetária do Banco Central, com entrevista coletiva de Gabriel Galípolo
  • Indicadores de inflação e preços, incluindo o IPCA-15
  • Nos EUA, expectativa por dados de confiança do consumidor, pedidos de auxílio desemprego, e projeções de inflação de longo prazo

Expectativas e cenários futuros

Especialistas avaliam que a combinação de indicadores internos e externos ajudará a formar uma visão mais clara da trajetória da economia brasileira. Com a inflação desacelerando lentamente, porém ainda acima do centro da meta, o Banco Central deve permanecer atento ao cenário internacional, especialmente às tensões no Oriente Médio, que podem impactar preços de commodities e o petróleo.

Embates internacionais, como o aumento da tensão no Estreito de Ormuz devido ao conflito no Oriente Médio, podem afetar o estoque de petróleo nos EUA, elevando a volatilidade dos mercados globais. Nesse contexto, os investidores seguem atentos às próximas decisões do Fed e às projeções de crescimento dos EUA, que, segundo o Banco Mundial, devem ficar em torno de 1,4% neste ano.

A expectativa é que os dados de emprego e inflação continuem sinalizando um cenário de desaceleração, mas de forma gradual, enquanto o Banco Central mantém postura cautelosa perante o aumento dos riscos globais e internos. Assim, a semana promete ser decisiva na definição do ritmo de política monetária e na compreensão do panorama econômico para os próximos meses.

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