Brasil, 23 de junho de 2025
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Ex-assessor de Bolsonaro nega contato com Mauro Cid durante audiência

Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, declarou em audiência que não teve conversas com Mauro Cid, investigado por obstrução.

O coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma declaração contundente durante uma audiência de custódia, afirmando que não teve qualquer tipo de comunicação com o tenente-coronel Mauro Cid, nem mesmo através de terceiros. Esta audiência, ocorrida na última quinta-feira, ocorreu após a prisão preventiva de Câmara, que foi detido na quarta-feira anterior sob suspeita de obstrução de Justiça.

Visão geral da prisão de Marcelo Câmara

Câmara foi preso na quarta-feira passada e teve sua prisão mantida após a audiência de custódia. O vídeo desta audiência foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira. O juiz auxiliar Rafael Rocha, que presidiu a sessão, fez parte do gabinete do relator do caso, Alexandre de Moraes. O coronel já havia sido encarcerado anteriormente, entre fevereiro e maio de 2024, devido a uma investigação relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Declarações na audiência e alegações de descumprimento

Durante a audiência, Marcelo Câmara enfatizou que respeitou todas as medidas cautelares que lhe foram impostas após a sua liberação em maio de 2024. Ele destacou que havia uma proibição de contato com outros investigados e utilização de redes sociais. “Desde que eu fui solto, em 16 de maio, eu procurei seguir todas as medidas cautelares que me foram impostas. Inclusive esta, que estou sendo acusado de ter quebrado. Eu não conversei com o colaborador. Nem por terceiros”, afirmou Câmara.

Motivação da prisão e diálogo suspeito

A prisão de Câmara foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, a partir de encaminhamentos feitos por Eduardo Kuntz, advogado de Câmara, ao STF. O advogado apresentou conversas em um perfil do Instagram que, segundo suspeitas, era utilizado por Mauro Cid. Esses diálogos abordaram detalhes do acordo de delação de Cid, que nega ser o autor das mensagens que levantaram suspeitas. Moraes argumentou que esse contato indicava que Câmara estava tentando obter informações confidenciais sobre a delação de Cid, o que implicaria em obstrução da Justiça.

A defesa argumenta em favor de Câmara

Na audiência de custódia, Eduardo Kuntz defendeu seu cliente, afirmando que Câmara estava preso quando ocorreu o contatado com Cid e que, portanto, não teria violado as restrições impostas. Kuntz ressaltou que as medidas cautelares foram determinadas apenas posteriormente, invalidando a acusação de descumprimento. “Quando da sua liberdade, em meio de 2024, foram lhe atribuídas medidas cautelares diversas da prisão, entre elas a de não comunicabilidade através de redes sociais e terceiros”, explicou o advogado.

Contexto da investigação

A investigação envolvendo Marcelo Câmara e Mauro Cid é parte de um processo mais amplo, que examina a possível atuação de pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em tentativas de obstrução de Justiça. A conexão entre Câmara e Cid levanta questões sobre áreas cinzentas da lei e da política, refletindo um cenário complexo que envolve autoridades de alto escalão e assuntos relacionados à governança.

Perspectivas futuras

Com a continuidade da investigação, tanto Marcelo Câmara quanto Mauro Cid enfrentam sérias implicações legais que podem impactar não apenas suas vidas pessoais, mas também a imagem do ex-presidente Bolsonaro e seu círculo mais próximo. A situação permanece em desenvolvimento, com os tribunais e o STF conduzindo as audiências e os julgamentos conforme novas informações reveladas surgem.

O desdobramento desta situação promete ser acompanhado de perto pela sociedade brasileira, refletindo a crescente preocupação com a transparência e a integridade das práticas políticas no país. À medida que as águas da política se agitam, a elevação de questões jurídicas para o campo público reafirma a importância do acompanhamento crítico das ações de figuras públicas e os sistemas que as regem.

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