Brasil, 23 de junho de 2025
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Eutanásia em hospital católico de Vancouver já está em operação

Após aprovação governamental, facility de euthanasia foi aberta no hospital católico St. Paul’s, gerando controvérsia na comunidade.

A partir de janeiro de 2025, uma unidade de assistência médica de morte assistida (MAID) está totalmente operacional na região central de Vancouver, Canadá. O espaço fica dentro do hospital católico St. Paul’s, gerenciado pela Providence Health Care, sob a autoridade da Arquidiocese de Vancouver.

Obra e impacto da unidade de MAID no hospital católico

A instalação, conhecida como “Shoreline Space”, foi construída na área interna do hospital fundado há 131 anos pelas Irmãs de Providência. Segundo informações obtidas via solicitação de acesso à informação, a unidade foi inaugurada oficialmente em 6 de janeiro de 2025, num espaço semelhante a uma residência secundária canadense.

Localizado em uma fachada da seção oeste do prédio Providence, o espaço é cercado por uma cerca de cerca de 2 metros de altura e câmeras de segurança, sem sinalização que indique sua função ao público que frequenta o hospital. Dentro das instalações, não há sinalizações externas ou internas que revelem sua finalidade, além de uma porta trancada identificada como “Shoreline Space”.

Planejamento de uma nova unidade no hospital de False Creek Flats

Documentos internos indicam que a autoridade de saúde de Vancouver, Vancouver Coastal, já está planejando uma segunda unidade de MAID no novo campus de St. Paul’s, em construção na área de False Creek Flats, a menos de dois quilômetros do hospital atual. Segundo e-mails obtidos por meio de pedidos de transparência, essa unidade deverá ter cerca de 260 metros quadrados, com conexão direta ao hospital, prevista para abertura em 2027.

Apesar do silêncio oficial, um e-mail de novembro de 2024 mostra que as equipes de planejamento já discutem requisitos específicos, como acessos, conexões de serviço e espaço para equipe, além de considerar a possibilidade de os pacientes permanecerem em leitos de unidades de Providence enquanto recebem MAID.

Reações e controvérsias na comunidade

A gestão do Providence Health Care, que administra hospitais e hospice católicos na região, reforça sua política de não realizar aborto ou eutanásia em suas instalações. No entanto, reconhece que pacientes podem ser transferidos ou atendidos em unidades de saúde conveniadas com Vancouver Coastal, que realiza esses procedimentos.

Alex Schadenberg, diretor executivo da Euthanasia Prevention Coalition, expressou preocupação com a presença de unidades de eutanásia próximas a instalações religiosas e implantadas contra suas políticas. “Essa é uma notícia triste, especialmente considerando que o próprio hospital católico mantém uma postura pró-vida”, afirmou.

De acordo com especialistas e ativistas contrários ao procedimento, a implementação dessas unidades representa uma intervenção do Estado que viola princípios de liberdade religiosa e de autonomia das instituições de saúde com convicções pró-vida. Grupos como Dying with Dignity Canadá têm pressionado por mudanças na legislação para ampliar o acesso à MAID, inclusive dentro de hospitais religiosos.

Autoridades governamentais de Columbia Britânica não fizeram declarações formais específicas sobre as unidades de MAID previstas para o novo hospital de Vancouver. No entanto, documentos internos validam os planos de expansão do serviço e de ampliação de sua infraestrutura na região.

Perspectivas futuras e debates em curso

A controvérsia sobre a presença de unidades de eutanásia em hospitais religiosos deve continuar, alimentada pelo debate sobre direitos civis, liberdade religiosa e limites éticos das políticas públicas de saúde. Grupos pró-vida alertam que a inserção de MAID em instalações católicas compromete a missão de oferecer cuidado integral, respeitando a dignidade da vida.

Enquanto isso, o governo de Columbia Britânica reforça suas decisões de ampliar o acesso ao procedimento, mesmo em ambientes ligados à Igreja Católica, apontando para um avanço na legislação e na implementação de políticas de fim de vida assistida.

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