Com o retorno de um clássico da teledramaturgia brasileira, Debora Bloch revive a icônica vilã Odete Roitman na nova versão de “Vale Tudo”, que estreia em outubro. A personagem, que foi imortalizada por Beatriz Segall na versão original de 1988, ganhará nuances mais sombrias e complexas, prometendo prender a atenção do público não só por suas maldades, mas também por suas reflexões. A trama, escrita por Manuela Dias e baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, inclui elementos inéditos que a tornam ainda mais intrigante.
A nova Odete: crueldade e complexidade
De acordo com Debora Bloch, a expectativa é que os telespectadores encontrem uma Odete ainda mais cruel. “Eu acho que vai ser difícil as pessoas gostarem da Odete, viu? Ela vem ruim mesmo”, afirmou a atriz durante sua participação no programa “Fantástico”. Apesar de suas atitudes questionáveis, a personagem oferece uma visão crítica sobre sua condição como mãe e mulher, destacando temas como o machismo e a maternidade.
Na nova versão, Odete finge a morte de seu filho, Leonardo, interpretado por Guilherme Magon, e não hesita em desprezá-lo enquanto ele enfrenta as consequências de um acidente. A trama explora as profundezas de sua personalidade, revelando a complexidade de seus sentimentos e ações. Segundo Bloch, é essa dualidade que torna a nova representação ainda mais interessante. “Ela não é só a vilã. Ao mesmo tempo que fala coisas horríveis, também traz reflexões sobre sua vida”, completou a atriz.
Recordando a trajetória da vilã
Odete Roitman, na versão original de “Vale Tudo”, era responsável pela morte do próprio filho, dirigindo o carro envolvido no acidente. Essa culpa foi projetada em outra personagem, Heleninha, interpretada por Renata Sorrah, criando um ciclo de vícios e tragédias que se torna uma espiral de comportamentos destrutivos. A série original, que abordou temas de moralidade e corrupção, tornou-se um marco da televisão brasileira, e agora, com a nova adaptação, esses elementos estão prontos para serem revisitados e atualizados.
Expectativas para a nova versão de ‘Vale Tudo’
A nova adaptação de “Vale Tudo” pretende não só encantar os fãs da versão original, mas também atrair uma nova geração de telespectadores. A mistura de modernidade na narrativa, com a profundidade dos personagens, promete ser um grande trunfo. Ao mesmo tempo em que se despede da grade da Globo, “Vale Tudo” irá abrir espaço para a novela “Três Graças”, também escrita por Aguinaldo Silva, que assume o horário nobre da emissora no segundo semestre de 2025.
Com o retorno de “Vale Tudo” ao ar, não apenas os fãs de longa data esperam uma reinterpretação digna da vilã que marcou época, mas há uma curiosidade generalizada sobre como Debora Bloch irá apresentar essa nova Odete Roitman. As questões sociais abordadas e as profundas transformações da personagem provocam reflexões sobre a sociedade atual, garantindo que, mesmo anos após a primeira exibição, a trama continua relevante.
Enquanto a estreia se aproxima, a expectativa gira em torno do que esta nova versão trará de diferente. As maldades de Odete continuarão a fazer os telespectadores rirem e se espantarem, mas também suscitarão questionamentos sobre a condição humana e as dinâmicas familiares. E quem sabe, ao final, até mesmo resquícios de compreensão e empatia por uma vilã tão complexa quanto fascinante.
Assim, a nova versão de “Vale Tudo”, e a performance de Debora Bloch como Odete Roitman, prometem ser um elemento de debate e reflexão, não apenas em relação à dramaturgia, mas com impactos significativos no público telespectador.