Ao revisitar as lembranças de infância, muitos adultos revelam que cenas que pareciam inofensivas nos filmes infantilizados ainda assombram suas memórias até hoje. A pergunta feita pelo usuário u/GabeyTheArtist no subreddit r/AskReddit provocou uma avalanche de histórias sobre momentos assustadores de filmes considerados não assustadores por demais crianças.
As cenas que marcaram e traumatizaram crianças
Algumas respostas revelam como elementos simples, como o rugido do leão da MGM ou a transformação do personagem em Pinóquio, provocaram pavor. Outros relatos, mais específicos, descrevem cenas que despertaram medo irracional, como a captura do Big Bird em Sesame Street, a cena do menino no túmulo de Bambi, ou até o momento em que E.T. fica branco e doente na floresta.
Traumas que permanecem na memória
O terror provocado por cenas de filmes como “O Grinch”, “Rudolph the Red-Nosed Reindeer” e “O Mágico de Oz” mostra que, apesar da inocência aparente, elementos visuais e sonoros muitas vezes despertam medo profundo nos pequenos. Muitos se lembram do momento em que a cena da ponte de vidro em “O Senhor dos Anéis” ou os monstos em “A Dama e o Vagabundo” foram assustadores demais para serem esquecidos.
Além disso, cenas de filmes que envolviam temas de destruição, violência ou transformação também marcaram de forma negativa, como o adeus de Bambi à mãe ou a cena de abertura de “O Grande Rato Detetive”.
Por que cenas inofensivas assustam tanto?
Especialistas explicam que a sensibilidade das crianças ao filme muitas vezes depende do contexto emocional, da iluminação, do som e da própria imaginação. “Elementos aparentemente suaves podem ativar o medo primal na criança, que ainda está aprendendo a distinguir o real do imaginário”, destaca a psicóloga infantil Dra. Lara Souza.
O que parece ser uma cena cômica ou educativa pode, na cabeça de uma criança, se transformar em uma lembrança traumatizante, especialmente se estiver acompanhada de uma forte reação emocional, como susto ou choro.
E os traumas ainda presentes?
Muitos adultos revelam que carregam essas memórias, e algumas cenas ainda provocam ansiedade ou medo em suas vidas atuais. Como a pessoa que ainda evita “O Mágico de Oz” por causa do olhar assustador das flores falantes ou o que foge de “Rudolph” ao lembrar do Bumble gigante.
Embora pareça inacreditável, essa conexão emocional com cenas aparentemente inofensivas mostra como o cinema infantil pode deixar marcas duradouras.
O que podemos aprender com essas memórias?
Refletir sobre essas experiências ajuda a entender melhor as emoções das crianças, reforçando a importância de uma escolha mais cuidadosa dos filmes e do acompanhamento dos pequenos durante a sessão. Assim, evitamos que cenas inocentes se tornem traumas duradouros.
Como consequência, o filme que uma criança acha “fofo” hoje pode ser considerado assustador amanhã, evidenciando o poder da imaginação infantil e a necessidade de atenção especial aos pequenos espectadores.
Seja por uma cena assustadora ou por uma lembrança que ainda causa calafrios, uma coisa é certa: nossas percepções do que é assustador podem mudar, mas as marcas que deixam permanecem — muitas vezes, para toda a vida.