Brasil, 23 de junho de 2025
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Banco Central deve começar a reduzir juros apenas em janeiro de 2026

Maior taxa de juros em 20 anos deve ser reduzida apenas no início do próximo ano, segundo previsão de analistas do mercado financeiro

Na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia para 15% ao ano, um nível que não era visto há duas décadas. Essa decisão reflete o esforço do BC para conter a inflação, considerada persistentemente elevada.

Expectativa de cortes na taxa básica de juros a partir de janeiro de 2026

De acordo com uma pesquisa realizada pelo próprio Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, a maioria dos analistas acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) começará a reduzir a taxa de juros somente a partir de janeiro do próximo ano. Este é o consenso do mercado financeiro diante da necessidade de manter uma política de aperto monetário por mais alguns meses.

“O ritmo de queda dos juros dependerá do comportamento da inflação e das condições econômicas internacionais”, afirmou Maria Clara de Souza, economista-chefe de uma grande instituição financeira. Ela destacou que, até lá, o Banco Central deve avaliar cuidadosamente os efeitos das altas recentes na economia.

Impactos da alta histórica na economia brasileira

A elevação da taxa para 15% ao ano marca o maior patamar desde o início dos anos 2000 e atua como freio à atividade econômica. A expectativa é que, com os cortes que devem ocorrer a partir de janeiro, haja uma recuperação do crédito e do consumo das famílias.

Especialistas ressaltam que a manutenção dessa taxa elevada tem impacto direto na rentabilidade de investimentos e no custo de financiamentos. Segundo dados do Banco Central, a taxa real do Brasil, descontada a inflação, é a segunda maior do mundo atualmente, o que evidencia o desafio da política monetária no cenário atual.

Perspectivas para o cenário econômico

O mercado financeiro mantém uma visão cautelosa, esperando que o ciclo de redução dos juros seja gradual e que a autoridade monetária continue monitorando de perto os indicadores econômicos. A decisão de iniciar os cortes em janeiro é vista como uma estratégia para garantir a estabilidade da inflação e evitar riscos de descontrole.

“O Banco Central agirá com prudência, pois a inflação ainda está acima da meta e o cenário internacional, com altas taxas de juros em outros países, influencia as decisões”, disse João Pereira, analista de uma corretora de investimentos.

O próximo encontro do Copom, marcado para meados de dezembro, será decisivo para definir a postura de juros para os meses seguintes, levando em conta a evolução da inflação e o desempenho da economia brasileira.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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